A vereadora Maria João Ganhão tem, entre outros, na Câmara de Beja, o pelouro da ação social como responsabilidade e neste contexto falou na manhã informativa desta quarta-feira, 29 de janeiro, sobre as respostas que o concelho tem para as pessoas em situação de sem abrigo, bem como para a população imigrante. Em "situação de sem abrigo existem 369 pessoas no concelho, destas 250 são sem teto e 18 com casa", revelou a vereadora. Maria João Ganhão esclareceu, ainda, que está a "ser repensada a resposta que seria para avançar em Santa Clara de Louredo".
As pessoas em situação de sem abrigo já têm o espaço a funcionar destinado ao acolhimento noturno, no âmbito do plano de contingência da Câmara de Beja para combater o frio. Esta resposta era para ter ficado operacional no passado dia 15, mas houve atrasos na montagem dos espaços, permitindo, contudo, a estas pessoas e a partir de hoje, dia 20 de novembro, pernoitar na cidade devidamente protegidos, até meados de fevereiro de 2025.
Os imigrantes que passam o dia e as noites nas ruas de Beja, em particular na Praça da República, foi uma das questões abordadas na reunião de Câmara desta semana, colocada em cima da mesa pelos vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU). Marisa Saturnino, vereadora com a área social, avançou que foi convocada "uma reunião de emergência do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Beja (NPISA - Beja)". E o presidente da Câmara, Paulo Arsénio, prometeu resposta "célere para esta realidade que tem pouco mais de duas semanas, na Praça da República", precisou.
O "Centro de Abrigo Temporário Noturno" destinado às pessoas em situação de sem abrigo, que estão no edifício "Refer", em Beja, está a ser implementado em estruturas de contentores, com camas e espaços de higiene, ficará pronto até ao final desta semana, faltando depois a instalação de energia e saneamento, foi avançado na reunião de Câmara de ontem. A semana de 5 de fevereiro foi a data apontada, também, em reunião de Câmara, para a desocupação. Informações que confirmam a notícia da Voz da Planície, publicada no passado dia 19.
Para o "edifício Refer", em Beja, existia a promessa que referia o final de 2023, mas também a indicação de que poderia levar mais tempo, para a desocupação, e entaipamento, deste espaço, que tem pessoas em situação de sem abrigo no seu interior. A Cruz Vermelha Portuguesa garante que vai proceder ao "entaipamento imediatamente após a sua desocupação" e as várias entidades envolvidas, neste processo, que estão a preparar "um plano de contingência" para dar resposta, no imediato, a estas pessoas.
No Falar Claro, desta terça-feira, 30 de maio, o painel de comentares centra atenções em dois temas, nomeadamente o novo concurso, publicado em Diário da República, para requalificação do IP8 e o NPISA - Beja, ou seja, o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo, criado esta semana.
O coordenador da Estratégia Nacional para os Sem-Abrigo, Henrique Joaquim, assumiu que o futuro de Portugal no combate a estas situações passa pela prevenção, pois as causas já são conhecidas. Este responsável está hoje na capital de distrito, na criação de um núcleo para dar resposta a estas pessoas no concelho, o NPISA - Beja.
A assinatura do protocolo que visa a constituição do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Beja (NPISA - Beja) está marcada para esta tarde, para os Paços do Concelho. Câmara de Beja, Cáritas Diocesana e Associação ESTAR são as entidades que constituem esta resposta.
São 289, as pessoas em situação de sem-abrigo, sinalizadas pela Cáritas Diocesana de Beja, de janeiro a novembro deste ano. Destas, 73 são portuguesas e 216 imigrantes. Entretanto reuniu-se o Npisa de Beja para dar resposta a esta problemática.
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