A presença do ministro da Saúde e secretários de Estado no distrito, “correndo de um lado para o outro durante um dia de curtíssimas deslocações a municípios e unidades de saúde não resultou em nada que responda aos muitos problemas existentes nesta área e de todos há muito conhecidos, incluindo o Governo e a Assembleia da República”, frisa o PCP.
A Direção da Organização de Beja (DORBE) do Partido Comunista Português (PCP) refere, na nota de imprensa enviada à Voz da Planície, que a “deslocação do ministro da Saúde deixou-nos com as mesmas ou até mais preocupações pela não apresentação de uma única proposta concreta para as muitas situações da nossa sofrida e grave realidade que já se arrasta há tantos anos.”
“Aliás é mesmo algo curioso que o ministro da Saúde, revelando que até conhecerá algumas das nossas realidades fosse quase aceitando em concordar com as muitas criticas de que foi alvo como por exemplo dizendo «também quero o hospital em Serpa», que o Centro de Saúde de Moura de facto não reúne condições para a prestação de serviços e que o hospital em Beja precisa de intervenção. O Governo não pode continuar a ignorar a nossa região e os nossos graves problemas e nada decidir de concreto, mais uma vez, abandonando as nossas populações. Não vale a propaganda ou demagogia e a «venda» de ilusões, de novo, sobre a saúde e a vida das nossas comunidades.”
“Quanto às obras da 2.ª fase do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja tão urgentes e até depois da aprovação de uma resolução aprovada na Assembleia da República, pergunta-se para quando uma decisão? Sobre a reversão do Hospital de Serpa para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) dado não serem cumpridos os acordos e contrato e a população estar a ser prejudicada com casos lamentáveis a confirmarem há previsão desta possibilidade? Quando um acordo não é cumprido por uma das partes, porque razões que a razão desconhece este não deve ser revertido? Se a falta evidente de condições no Centro de Saúde de Moura é um facto porque razão não são desencadeados processos, projeto e financiamento para reabilitação/construção? E que medidas para suprimir a crónica falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, naturalmente sabendo de todas as dificuldades inerentes a sermos uma região chamada de interior?” são “realidades no distrito que ficaram sem resposta”.
A nota de imprensa da DORBE do PCP termina frisando que este partido “não desistirá de lutar e de apelar a todos os que partilham destas preocupações a fazerem-no em defesa dos seus interesses mais que justos e legítimos.”
