O Grupo Coral "Os Boinas", do concelho de Ferreira do Alentejo, atua, nesta quinta-feira, dia 9, no Convento de Santa Inês da Boémia, em Praga. Momento para o festival Terras sem Sombra (TSS) fazer, também, a apresentação do programa para 2020 na República Checa, país convidado da 16ª edição do evento.
A cerimónia realiza-se ao final da tarde e é presidida pela vice-ministra da Cultura, Katerina Kalistová. O cante eleva-se, em Praga, com a atuação do Grupo Coral Os Bóinas, de Ferreira do Alentejo, ensaiados por Fernando Candeias. Este Grupo Coral reúne, atualmente, mais de 30 elementos, dos 11 aos 64 anos e privilegia no seu reportório, sobretudo, as modas tradicionais.
José António Falcão, diretor-geral do TSS, fala sobre a apresentação do cante alentejano, nesta quinta-feira, em Praga, num sítio emblemático do ponto de vista artístico e musical e sobre a conferência de apresentação do programa do festival para 2020.
Nesta cerimónia, em Praga, canta, também, a soprano Barbora Kabátková, que atuará depois, no dia 18 deste mês, na igreja matriz de Vila de Frades, concelho de Vidigueira.
O TSS tem vindo a ganhar terreno no patamar da internacionalização e depois de, nas temporadas anteriores, ter apresentado o evento em Espanha, na Hungria e nos Estados Unidos da América, aposta em 2020 no público da República Checa. Mas no que se refere à internacionalização destaque, ainda, para o facto, do TSS ter a sua edição de 2019-2020 no "El Libro de Oro de la Música en España", publicado pela Fundación Orfeo, é um diretório que reúne, anualmente, informações sobre as grandes orquestras, teatros, auditórios, concursos, festivais e entidades da vida musical espanhola. O TSS é a única entidade portuguesa listada na obra, surgindo na categoria dos festivais que se realizam na Extremadura (Cáceres e Badajoz/ Alentejo).
Recorde-se que em 2020, a 16 ª temporada do TSS decorre de janeiro a julho, aos fins-de-semana, ao longo de 13 concelhos, doze já estão identificados, mas haverá um concerto surpresa num local ainda por revelar. Nas tardes de sábado, o TSS propõe o encontro com bens culturais em geral pouco acessíveis ao público, guiadas por peritos da região. Nas noites de sábado, a música sobe ao palco em igrejas e outros monumentos, eleitos pelo valor histórico e pelas condições acústicas. O programa encerra nas manhãs de domingo, com ações de salvaguarda da biodiversidade, envolvendo, também, atores locais.
