O Terras sem Sombra está, este fim-de-semana, em Beja. Música barroca no Pax Julia, visita guiada ao Castelo e a produção artesanal da cal em Trigaches ou a salvaguarda de um produto de alentejano de excelência são as propostas.
O Festival Terras sem Sombra apresenta em Beja, no Teatro Pax Julia neste sábado, dia 7, a partir das 20.00 horas, com entradas livres mas mediante reserva, um concerto único em Portugal da Orquestra de Câmara Musica Florea. “Deus, Pátria, Rei: A Música da Era Barroca em Praga” é o título do programa que “promete o esplendor e a exuberância, vocal e instrumental, da música checa daquele período histórico.”
As propostas do festival, organizadas em parceria com o Município de Beja, incluem, ainda, uma panorâmica da história da cidade a partir do castelo, o mais destacado monumento da cidade, a partir das 15.00 horas deste sábado. Trata-se de uma ação que sugere um olhar atento ao castelo de Beja, sob a orientação de José António Falcão, historiador de arte que investiga, há longos anos, o património artístico da cidade. O Castelo de Beja é “uma fortaleza gótica, cuja construção teve início no século XIII, após a conquista cristã, prolongando-se pelos séculos XIV e, possivelmente, XV.”
Uma ação de sensibilização para a salvaguarda da produção artesanal da cal, na freguesia de Trigaches é a sugestão para domingo, dia 8, a partir das 09.30 horas. O Festival vai até à freguesia de Trigaches onde está ainda viva uma velha tradição de fabrico da cal em fornos, aproveitando os resíduos do mármore do mesmo nome, material que abunda na zona e tem alimentado a construção da cidade e da região de Beja ao longo dos tempos. O objetivo é “dar a conhecer uma prática ancestral e sensibilizar para a salvaguarda de um produto alentejano de excelência. Guia esta visita uma conhecedora da matéria, a técnica municipal e investigadora Maria Goreti Margalha, doutorada em Engenharia Civil e docente no Instituto Superior Técnico.
Recorde-se que o Festival Terras sem Sombra é uma temporada cultural que, em itinerância por diversos concelhos do Alentejo, propõe um programa que abarca a música erudita, o património e a salvaguarda da biodiversidade. As atividades acontecem aos fins-de-semana e são de entrada livre, sujeitas às regras sanitárias em vigor decorrentes da atual situação pandémica.
