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Sudoeste Alentejano “exige debate sério sobre avanço da agricultura intensiva”

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Sudoeste Alentejano “exige debate sério sobre avanço da agricultura intensiva”


Foi entregue ontem, na Assembleia da República, uma petição, com mais de 6 mil assinaturas, para salvar “o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina do avanço descontrolado da agricultura intensiva.” A iniciativa é da responsabilidade do movimento de Cidadãos de Odemira e Aljezur em Defesa do Sudoeste.

O movimento exige um “debate sério sobre a situação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”, nomeadamente no que se refere ao “avanço descontrolado e desproporcional da agro-indústria, incluindo as culturas cobertas por quilómetros de plástico, num modelo agrícola em regime intensivo que tem posto em causa a integridade social, ambiental e económica do território.”

O movimento quer “a revogação da Resolução de Conselho de Ministros 179/2019 de 24 de outubro, que, ao contrário do que se esperava, não só não deu solução aos graves problemas e infrações identificados em relatórios oficiais, travando a galopante expansão agrícola até estarem acautelados todos os interesses da região do Sudoeste, como permitiu triplicar a área coberta de plástico que já existe”. Acrescenta que a “Resolução gerou também uma forte perplexidade e revolta ao autorizar a colocação de contentores dentro das explorações agrícolas, em pleno Parque Natural, para albergar trabalhadores imigrantes até um valor que pode chegar a 36 000 pessoas, numa região com uma população registada de 26 000 habitantes, cujos serviços púbicos estão cada vez mais débeis.” As declarações são de Sara Serrão, do Movimento de Cidadãos de Odemira e Aljezur em Defesa do Sudoeste.

O movimento condena, igualmente, a “clara falta de zelo do Estado na preservação de um valioso património ecologicamente sensível, classificado a nível nacional como Parque Natural e a nível europeu como Rede Natura 2000, que tem sofrido fortes ameaças aos seus valores naturais, alguns deles únicos no Planeta, sobretudo pela falta assumida de monitorização e fiscalização do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) no que respeita o impacto ambiental - água, solo, ar, biodiversidade e habitats protegidos, assim como ordenamento e práticas agrícolas.” As declarações são, também, de Sara Serrão.

O Movimento sabe que a petição vai ser analisada por uma Comissão Parlamentar e que terá depois que ser discutida no Parlamento, frisou, ainda, Sara Serrão, referindo que há muitas expectativas sobre o que se segue agora. Relevou, ainda, o facto, de serem necessárias 4 mil assinaturas e deste movimento ter conseguido reunir mais de 6 mil.

“O movimento defende que num Parque Natural não pode predominar uma lógica de desenvolvimento económico à custa da degradação do território, gerando-se uma situação ambiental, paisagística e social tão insustentável quanto explosiva, sem que haja uma reflexão e soluções consistentes, que respondam às preocupações da população e de outros sectores fundamentais da região do Sudoeste, com vista a uma compatibilização entre os valores de um território classificado e o tipo de agricultura que lá se pratica.”


https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT95695


Foto: do jornal "Público".


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