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Somincor quis mudar horários mas trabalhadores disseram não

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Somincor quis mudar horários mas trabalhadores disseram não


Sindicato do setor mineiro acusa administração da Somincor de “querer acabar com a paz laboral existente”. A empresa “quis mudar os horários dos trabalhadores, fez um referendo” e uma “larga maioria” disse “não”.

“Em 2021, a Somincor teve os melhores resultados dos últimos 28 anos e mesmo assim queria mudar os horários dos trabalhadores, porque quer aumentar os lucros”, denuncia o Sindicato do setor.

Foi “na última reunião periódica, há 15 dias, que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) teve conhecimento deste processo e ficou à margem do mesmo por não concordar com uma alteração que está inscrita no Ministério do Trabalho e em vigor até março de 2023”, assegura Luís Cavaco.

O dirigente sindical explica que “esteve em cima da mesa passar-se a fazer quatro dias de trabalho e quatro de descanso. Situação inaceitável pois diminui o período de recuperação e aumenta o perigo de acidentes”.

A Voz da Planície quis ouvir a administração da Somincor, mas não conseguiu. Sabe, contudo, que a empresa auscultou os trabalhadores da Somincor, nos últimos três dias da semana que passou, e que divulgou, ontem, os resultados do referendo efetuado.

A Voz da Planície sabe, também, que 520 trabalhadores das Minas Neves Corvo, em Castro Verde, quiseram manter o horário atual e que 101 trabalhadores votaram a favor da alteração proposta pela empresa. Houve, ainda, dois votos brancos e seis nulos ou invalidados.

A Somincor perante estes resultados, sublinhou, em comunicado que fez circular pelos trabalhadores, que se iria cumprir “a vontade da maioria”, ou seja manter os horários de trabalho atuais.


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