A ação de luta, que começou na semana passada, vai, junto das populações, denunciar a situação que se vive nos CTT. José Oliveira, membro do sindicato, destaca a “assustadora redução da qualidade do serviço, em contra partida da redução do pessoal também”. “Temos mais de 1000 trabalhadores em falta nos CTT, quer nas ruas, quer nos balcões”, afirma.
Quanto ao serviço verifica-se cada vez mais atrasos sucessivos na distribuição do correio, “sem qualquer justificação”. Para o SNTCT “bastava ter carteiros em número suficiente para que isso não acontecesse”. Refere ainda as filas nos postos de correio que resultam em tempos de espera demorados.
“O que está a acontecer é não só a descapitalização da empresa, como a passagem de tudo o que é lucro para o bolso dos acionistas não deixando dinheiro para investimento, quer em pessoal, quer em condições de trabalho”, sublinha o representante do Sindicato.
Lembra também que quando tudo indicava que os CTT seriam renacionalizados o Governo decidiu “renegociar o contrato de concessão para o serviço postal universal”. Acusa a administração privada dos CTT de ficar “de mãos livres para ter menos qualidade e ainda ir buscar dinheiro ao Estado”, algo que “não aconteceu nos últimos 30, 40 anos”, considerando que os Correios de Portugal “sempre deram lucro e sempre pagaram ao Estado, mesmo quando eram empresa pública”, ressalta José Oliveira.
A solução, segundo o Sindicato, passa por “recomprar e renacionalizar os CTT e trazer para o domínio público um serviço que tem 500 anos de bom serviço e que nos últimos tempos tem vindo a degradar-se”.
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