Recolher informação junto dos delegados sindicais e pedir aos oficiais de justiça que preencham um inquérito sobre as necessidades da profissão são os propósitos desta ação que só termina no dia 15 deste mês, altura em que é entregue, também, o Orçamento do Estado (OE) para 2022.
Ana Paula Mateus saiu com a Caravana da Justiça no passado dia 29 de setembro de Vila Real de Santo António e já percorreu muita estrada para chegar nesta sexta-feira a Beja. Em conversa com a Voz da Planície explicou os objetivos desta ação, recordando que as lutas que estão em cima da mesa são: estatuto condigno, condições de trabalho e mais recursos humanos pois a tutela não abre vagas para esta carreira. Os oficiais de justiça sentem-se colocados de lado pela justiça e a grande maioria, acima dos 50 anos, está exausto e a optar por baixas médicas em muitos locais, alertou ainda Ana Paula Mateus.
Armando Torrão, coordenador da Comarca de Beja do Sindicato dos Funcionários de Justiça, explica que nesta Comarca os problemas são muito semelhantes aos do resto do país. Revela que os funcionários existentes estão acima dos 50 anos, a acusar cansaço, a necessitar de formação que não existe, a fazer horas a mais para dar resposta sem remuneração extraordinária ou compensação em horas, a trabalhar com equipamentos obsoletos e em instalações onde chove.
Na Comarca de Beja deveriam existir 99 oficiais de justiça e há um défice de 40%. As instalações estão espalhadas pela cidade e há um 3º concurso a decorrer para a construção do Palácio de Justiça, situação que deveria estar resolvida desde 2014.
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