Hoje celebra-se o Dia Mundial da Saúde Oral. A saúde oral tem impacto significativo na nossa vivência, diz o médico Vasco Nogueira. O profissional alerta para a necessidade de investimento e de respostas, ao nível do SNS, nesta matéria para todas as faixas etárias.
As doenças orais encontram-se entre as doenças crónicas mais comuns a nível mundial.
Noventa por cento da população mundial está em risco de algum tipo de distúrbio a nível oral, desde lesões de cárie a doenças peridontais a cancro oral.
A nível da população infantil e juvenil, as doenças orais constituem um dos principais problemas de saúde.
Para as famílias, é relevante o impacto socioeconómico devido ao custo do tratamento.
Neste domingo, o médico refere, também, as doenças que podem resultar de uma má, ou deficiente, higiene oral, assim como a importância de regressarem as ações de sensibilização para a saúde oral junto das escolas.
Vasco Nogueira defende que tem de existir um plano a médio longo prazo para ser implementado, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para dar resposta às questões da higiene oral em todas as faixas etárias.
No distrito de Beja, assegura Vasco Nogueira, esta resposta está longe do desejável. E, salientado, que há profissionais no Hospital para este tipo de solução diz faltar ainda muito. Reconhece que a implementação da mesma depende do Estado central e não do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULSBA).
Uma boca saudável é fundamental para a saúde em geral. Lábios cuidados, dentição completa, gengiva, ossos sãos e uma oclusão equilibrada permitem uma boa estática e boas funções de fonação, mastigação e mímica facial, frisa, igualmente, Vasco Nogueira, lembrando que em Portugal são os utentes que suportam os custos, praticamente na sua totalidade, deste tipo de tratamento.
