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Saúde mental: “Adolescentes e jovens adultos foram os mais afetados no primeiro confinamento geral”

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Saúde mental: “Adolescentes e jovens adultos foram os mais afetados no primeiro confinamento geral”


Ana Matos Pires, diretora do Serviço de Psiquiatria da ULSBA e coordenadora Regional da Saúde Mental do Alentejo, diz que “no primeiro confinamento foram os adolescentes e os jovens adultos os mais afetados”. No “Magazine da Semana”, da passada sexta-feira, relevou o “esforço feito no aumento de camas no Hospital para doentes Covid-19”, mas está preocupada com a questão dos “recursos humanos”.

Já num novo confinamento geral, a Voz da Planície convidou a médica psiquiatra Ana Matos Pires para comentar as notícias e foi neste contexto que avançou com resultados apurados, do primeiro confinamento geral, referindo que “em termos de saúde mental foram os adolescentes e os jovens adultos os mais afetados”. Acrescentou considerar ter sido “uma boa medida manter as escolas em regime de ensino presencial” por ter “um impacto positivo na saúde mental” destas faixas etárias.

Para Ana Matos Pires, os "impactos deste novo confinamento não deixarão de ser preocupantes, mas vão ser mais leves, pois deixa de existir o elemento surpresa contudo, a ansiedade vai subsistir, assim como o agravamento de algumas situações relacionadas com as pessoas cuja situação económica se complique". Lembrou a preocupação com os idosos, no primeiro confinamento, assim como a linha de apoio que o Serviço de Psiquiatria tem disponível para esta faixa etária, que neste novo período já regressou aos centros de Dia e que pode continuar a receber visitas, com o cumprimento das regras de segurança, no caso dos que estão em contexto de Lar".

Comentou também a notícia em que a ULSBA avançou passar a dispor agora o Hospital de Beja de 46 camas para doentes Covid-19. Disse ter sido “uma decisão positiva”, mas frisou que “numa entidade como esta, que não consegue ter os recursos humanos necessários, foi um esforço enorme” e que “conta com a garantia de que todos os profissionais de saúde vão ajudar a cumprir este propósito”. Mostrou-se contudo, preocupada com esta questão dos recursos humanos e considerou que “a gestão no Alentejo, nesta área, não tem sido igualitária”. Enquanto coordenadora Regional da Saúde Mental do Alentejo assegurou que tem fomentado esta equidade e que trabalha sempre neste sentido, mas fez questão de referir que “esta devia ser a estratégia a adotar em todas as áreas pela ARS Alentejo”.

Ana Matos Pires, recordou que “a ULSBA responde a 125 mil pessoas, sendo que 25% são idosos” e que “isto significa um esforço acrescido para esta Unidade nas respostas de saúde que são precisas dar”.


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