Voltar

Atualidade

Beja: PSP local “acusada” de “agredir” cidadãos na noite da passagem de ano

Atualidade

Beja: PSP local “acusada” de “agredir” cidadãos na noite da passagem de ano

“Na noite da passagem de ano, por volta da 01h00, várias pessoas foram alvo de agressões policiais na Praça da República de Beja”. Esta foi a denúncia que chegou à Voz da Planície, que ouviu os “agredidos” e quem “filmou” a ocorrência, retratada nos vídeos que circulam nas redes sociais. A denúncia já deu origem a uma queixa enviada para a IGAI, para a Provedora de Justiça e Ministério Público de Beja. A nossa estação chegou à fala, também, com o Comando da PSP de Beja que diz ter “tomado conhecimento” e que está a “averiguar” a situação.

Nuno Matos - que tem como recordação da noite de passagem de ano ferimentos na mão esquerda, que o impossibilitam de a mover e de trabalhar há três dias -, contou à Voz da Planície que na data da ocorrência “não estariam mais de 20 pessoas, em grupos dispersos, cumprindo as regras de distanciamento e celebrando tranquilamente, na Praça da República de Beja”. Nuno Matos explica que chegou à Praça da República “pouco depois da 01h00” e que se deparou, praticamente de imediato, com “vários carros da PSP que chegaram a alta velocidade” e com “os agentes” que “começaram a distribuir bastonadas, insultos e a agredir qualquer um que estivesse no caminho”, não se tendo “verificado a tentativa de diálogo”. A justificação da agressão pelo agente da PSP (que se consegue ouvir no vídeo) é a de que o indivíduo tinha “um copo na mão”. 

Nuno Matos refere, também, no depoimento prestado, que até pensou “estar a transgredir alguma regra”, que “a maior parte dos que foram agredidos eram imigrantes” e que não tem “explicação para a dimensão da carga policial a que os presentes foram sujeitos”. Acrescentou que foi à PSP perguntar isto mesmo: “se havia justificação para tal aparato?”. E que se deparou com um Chefe de Esquadra “surpreendido”, demonstrando desconhecimento do ocorrido. Nuno Matos foi ao Hospital na noite de passagem de ano, recebeu nessa altura os cuidados necessários e verificou que a gravidade da situação não era tão grande quanto suponha. Mesmo assim tem a mão imobilizada há três dias, situação que o impede de trabalhar. Afirma estar sem saber a quem pedir responsabilidades.


“Várias outras pessoas foram agredidas, empurradas, insultadas e ameaçadas”, lê-se na denúncia. A denúncia sublinha ainda que, “maior parte das pessoas na praça eram cidadãos estrangeiros imigrantes que foram perseguidos, cercados e agredidos.”

“Não houve qualquer resistência à autoridade, nenhuma ameaça nem nenhum tipo de celebração que justificasse o que aconteceu. Por parte da PSP houve muita violência injustificada, abuso de poder e completa negligência pelo bem-estar dos cidadãos”, lê-se ainda na denúncia. A denúncia, que resultou em queixa já apresentada, é lida à Voz da Planície por Paula Lança, esposa de Nuno Matos, que está disponível para ajudar os imigrantes que foram alvo de “agressões” a apresentarem queixa também. Sublinhou Paula Lança à nossa estação tratarem-se de “trabalhadores imigrantes legalizados”. Nuno Matos que frisa ter sido advertido a “apresentar queixa”, depois de ter sido “agredido”, sublinha que acabou por seguir este conselho.

No contexto desta ocorrência, um jovem foi, também, “ameaçado por ter o telemóvel na mão e possivelmente estar a filmar”. Em declarações à Voz da Planície, João Rocha, autor dos vídeos que circulam e o advertido para parar de filmar, esclarece que “na noite de passagem de ano estava com a namorada e o sogro” e que ali perto estariam “grupos de imigrantes, mas sem quebrar nenhuma das medidas de contenção em vigor quanto aos ajuntamentos”. Prosseguiu relatando que “por volta da 1h00 chegaram os carros da polícia, que rapidamente saíram a correr com os cassetetes na mão”. 

O jovem conseguiu filmar alguns minutos até que os polícias se dirigiram ao mesmo e em “tom de ameaça” disseram: “para de gravar para não te pores em problemas”. Por receio acabou por parar de filmar. O jovem revela, ainda, que levou as pessoas presentes para casa e que mais tarde foi ao Hospital com a vítima de agressão, “sem o acompanhamento da polícia” porque “estavam com medo de ir com eles”.

João Rocha aproveita para destacar, igualmente, que os polícias, quando perceberam que não tinham atingido um imigrante, “acalmaram-se logo” e que quando tentou perceber o que se passou, um dos agentes da autoridade presente justificou-se, dizendo que “nós não sabíamos quem ia estar aqui” e “entrámos aqui com outro intuito”. A vítima de agressão foi “o azar” que falam no vídeo”.  

Confira a publicação da denúncia que circula nas redes sociais:


A Voz da Planície perante esta denúncia chegou à fala com o Comando da PSP de Beja e neste contacto percebeu que já existia conhecimento da ocorrência e foi informada de que a situação ia ser averiguada, assim como seguir os trâmites normais para este tipo de ocorrência.

A Voz da Planície enviou, igualmente, ao GIRP – Gabinete de Impressa e Relações Públicas da PSP, a nível nacional, um email a pedir esclarecimentos sobre um conjunto de questões que ficaram sem resposta perante o que se conseguiu apurar e relatar. Sabe a nossa estação que, a partir de agora, toda e qualquer informação sobre a situação ocorrida na noite da passagem de ano, na Praça da República de Beja, terá como interlocutor este Gabinete.

00:00
00:00

PUB
PUB

Concertos

Cremilda Medina celebra Dia da Mulher no Pax Julia

Acabou de tocar...

DAVID BOWIE - HEROES
15/03/2025 13:30
CHAPPELL ROAN - GOOD LUCK BABE
15/03/2025 13:26
GREEN DAY - GOOD RIDDANCE (TIME OF YOUR LIFE)
15/03/2025 13:24
MOUNTAIN VALLEY - SER OU NÃO SER
15/03/2025 13:22
SOPHIA & OS SENHORES ROUBADOS - FORA DO TEMPO
15/03/2025 13:18
MALLU MAGALHÃES - QUERO QUERO
15/03/2025 13:14
DJ SNAKE AND FRIDAYY - COMPLICATED
15/03/2025 13:10
MIMI WEBB - GOOD WITHOUT
15/03/2025 13:06
PUB
BEJA meteorologia
Top
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.