"Segundo o próprio Presidente, o veto é sustentado em estranhas dúvidas sobre a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa às próximas eleições autárquicas, uma alegada ausência de “transparência publica” do processo legislativo e a uma suposta “falta de envolvimento das autoridades locais” no novo modelo de governação.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta uma outra justificação para o veto: a incoerência dos partidos políticos que contribuíram para o processo de agregação das freguesias, nomeadamente a coligação PSD e CDS que sustentou o governo de Pedro Paços Coelho e que agora, incoerentemente, votaram a favor da desagregação.
O Partido Socialista lembra que este foi um processo transparente, muito trabalhado pelos deputados em geral e, em particular, pelos deputados e autarcas do PS, junto das populações.
No Baixo Alentejo ficam suspensos 9 processos de desagregação de freguesias. Vítor Besugo, autarca socialista da Junta de Freguesia de Beringel, e coordenador distrital da ANAFRE, lembra que este é um “processo que durou mais de dois anos, foi sólido, transparente e democraticamente legitimado por todos os órgãos locais”.
A Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista entende que este veto presidencial gerou instabilidade e desapontamento junto das populações, e manifesta-se solidária para com todas as ações de repúdio a encetar pela ANAFRE.
No que toca ao Partido Socialista, deixamos o compromisso de reagendar a discussão do diploma na data mais próxima possível, respeitando assim aquela que é a vontade popular", é frisado no mesmo documento.
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