Trata-se de um espetáculo teatral de rua, que a Companhia Cepa Torta leva à cena nas ruínas do cais do minério, na Mina de São Domingos, onde a comunidade participa ativamente. A apresentação é feita à Voz da Planície pelo diretor artístico. Miguel Maia, que realça, sobretudo, a "generosidade da população que participou", dizendo que "a entrega foi absoluta" e que isso mesmo se vai "refletir no espetáculo, que não é simples, mas de grande riqueza comunitária".
A nossa rádio falou, também, com Nuno Martins, um dos "atores" da Mina de São Domingos que faz parte do elenco. Frisou que "a experiência foi muito gratificante" e que se sente "um artista nestes dias de ensaios e apresentações ao público".
“Este é um espetáculo que tem a participação dos habitantes da Mina e conta uma fábula em pleno século XXII, em que o Alentejo é a grande metrópole eco-tecnológica mundial, com vastas áreas das planícies preenchidas por edifícios futuristas, habitados por pessoas, animais, árvores e vegetação diversa. Nas brincadeiras, nos buracos das escavações para a construção de um grande malacate para extração de água, uma criança encontra uma estranha caixa de mogno. Ao abri-la dá início a uma estranha sucessão de acontecimentos que irão transformar a sua comunidade”, explica a Companhia Cepa Torta.