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Educação

Professores admitem fazer greve aos exames se acordo sobre o tempo de serviço falhar

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Professores admitem fazer greve aos exames se acordo sobre o tempo de serviço falhar

A realização de greves às avaliações e exames, caso falhe o acordo com o Governo para a recuperação do tempo de serviço dos docentes até 06 de junho, está em cima da mesa, foi anunciado ontem, em Beja, pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).

“Se isso acontecer, o final deste ano será tranquilo. Se isso não acontecer, a luta continua e, no final do ano, só temos avaliações e exames. Não há mais nada”, afirmou Mário Nogueira.

Assinalando que os professores estão dispostos a intensificar as ações de luta, o secretário-geral da Fenprof lembrou a greve que está marcada para o dia 06 de junho e outros protestos previstos até lá, que vão ser anunciados amanhã.

O 06 de junho, sublinhou, “vai ser um dia histórico”, pois haverá “um acordo relativamente à recuperação do tempo de serviço” ou a paralisação que está marcada para esse dia vai ser “uma das maiores greves de sempre”.

O sindicalista assinalou que os professores “estão absolutamente disponíveis para poder discutir o faseamento e um prazo para o faseamento” do tempo de serviço não contabilizado e indisponíveis para que lhes “roubem o tempo de serviço”. Mário Nogueira vincou que o diploma relativo ao recrutamento agora promulgado pelo Presidente da República “não mereceu o acordo dos sindicatos”.

“Na verdade, é um diploma que deixa de fora outros tantos [professores] em precariedade com mais de três anos de serviço e é um diploma que é perverso nalgumas medidas que prevê”, considerou.

De acordo com o secretário-geral da Fenprof, este diploma mantém a precariedade, já que “permitirá que um professor no quarto ano de serviço se vincular e impedirá um professor no 14.º ano de serviço de vincular”.

Também Carlos Calixto, da Federação Nacional da Educação (FNE), apelidou este diploma de “tapa buracos”, por entender que mantém a precariedade.

“Está visto que os protagonistas têm que ser outros, com boa-fé e com vontade política. A questão é muito simples de resolver desde que haja vontade política”, acrescentou.

De acordo com o novo regime, os professores poderão vincular quando acumularem o equivalente a três anos de serviço, uma alteração que, de acordo com o ministro da tutela, permitirá reduzir para metade a precariedade na profissão docente.



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