O dia será marcado pela conferência de abertura dos “16 dias pelo fim da violência contra mulheres e raparigas”, uma campanha da PpDM, em Lisboa, seguida de uma marcha, às 18h30, que se inicia na Praça do Comércio e termina no Jardim Roque Gameiro.
De acordo com a associação, o primeiro dia da campanha foi designado como o “Dia cor de laranja” pelas Nações Unidas para acabar com a violência contra as mulheres.
A cor laranja simboliza um futuro livre de violência servindo como forma de demonstrar solidariedade e, segundo a plataforma, será utilizada na iluminação de edifícios e no uso de roupa. Serão iluminados espaços públicos como a Assembleia da República e a Estátua de D. José I na Praça do Comércio.
De acordo com o Observatório de Mulheres Assassinadas e a União das Mulheres Alternativa e Resposta desde o início do ano que, em Portugal, 28 mulheres foram assassinadas, “22 femicídios nas relações de intimidade” e seis assassínios, três deles “em contexto familiar”, um “em contexto de crime”, um “por discussão pontual” e um “em contexto omisso”.
Segundo o manifesto da PpDM, sete em cada 10 jovens normaliza a violência, sendo que mais de metade das jovens em relações de namoro já sofreram alguma forma de violência psicológica ou física. Ainda segundo o mesmo documento, mais de seis em cada 10 jovens mulheres sofreram formas de violência sexual com base na partilha não consentida de imagens e nove em cada 10 vítimas de violação são mulheres, sendo os violadores homens.
“A violência contra as mulheres e raparigas é uma das formas mais extremas da desigualdade. Manifesta-se de múltiplas formas, incessante e recorrente, ocorre durante todo o ciclo de vida, e não conhece fronteiras geográficas, económicas ou sociais”, refere o manifesto.
O programa da campanha promovido pela PpDM, em cooperação com a Câmara Municipal de Lisboa, envolve conferências, debates, cinema, campanhas ‘online’, ações em escolas, entre outros, durante 16 dias, abordando as diferentes formas de violência contra as mulheres e raparigas.
O Programa conta com a participação de mulheres sobreviventes de violência que entregam a sua voz.
A campanha “16 dias pelo fim da violência contra mulheres e raparigas” conta com mais duas conferências, uma a 02 de dezembro e outra a 10, dia internacional dos direitos humanos, que finaliza a campanha, refere a associação.
O Programa está disponível em https://fimdaviolencia.pt/.
Neste contexto, a Estrutura Federativa das Mulheres Socialistas do Baixo Alentejo manifesta a sua indignação e repúdio, por todas as formas de violência contra mulheres, todas as situações que colidam com o respeito pelos direitos humanos e atentem contra os princípios constitucionais da igualdade, da não discriminação e da dignidade humana.
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