A Direção da Organização Regional de Beja (DORBE) do Partido Comunista Português (PCP) considera que o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) "não serve os interesses dos trabalhadores e prejudica o desenvolvimento do Interior do País, acentuando as assimetrias regionais." Tal como a Voz da Planície já tinha avançado, o grupo parlamentar do PCP vai apresentar na Assembleia da República algumas propostas apontadas como fundamentais para os interesses do distrito de Beja, nomeadamente na saúde, nas acessibilidades e na agricultura.
João Dias, da DORBE do PCP e ex-deputado eleito por Beja nas legislativas de 2022, deixa duras críticas aos atuais deputados, considerando que "nada tem sido feito em relação aos projetos estruturais como a ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes de Beja e a valorização do Hospital de São Paulo, em Serpa." Para João Dias, "a desigualdade territorial e a injustiça para com os habitantes do distrito é cada vez maior e esse sentimento aumenta pelo facto de não haver a concretização das obras necessárias."
No que diz respeito às acessibilidades, João Dias sublinha que é difícil "identificar no OE2025 verbas que correspondam aos investimentos na conclusão do IP8 e na eletrificação da linha férrea entre Beja e Casa Branca, considerando que este orçamento segue o mesmo modelo do anterior Governo, liderado pelo Partido Socialista (PS)."
José Maria Pós-de-Mina, também da DORBE do PCP, entende que existe "um folclore em torno do anúncio da abertura da eletrificação da linha férrea entre Casa Branca e Beja" e considera que "a requalificação do IP8 fica aquém do necessário". Em relação à agricultura e à gestão dos recursos hídricos, José Maria Pós-de-Mina revela que "o concurso do bloco de rega de Vidigueira não foi, ainda, concretizado."
