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Política

PCP acusa Governo de "multiplicar justificações" para evitar cumprir promessas

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PCP acusa Governo de "multiplicar justificações" para evitar cumprir promessas

Foto: Facebook PCP

O secretário-geral do PCP criticou o Governo da Aliança Democrática (AD) por estar “ao serviço dos grupos económicos”, enquanto procura “multiplicar as justificações para faltar aos compromissos” que assumiu com diferentes setores da administração pública.

Foto: Facebook PCP

“Tudo serve para o negócio de uns poucos, ao mesmo tempo que [o Governo] procura multiplicar as justificações para faltar aos compromissos que assumiu com diferentes setores dos trabalhadores, como se vê agora, nas diferentes expressões da administração pública”, argumentou Paulo Raimundo.

Ao discursar em Baleizão, no distrito de Beja, numa homenagem à trabalhadora rural Catarina Eufémia, no dia em que se assinalam os 70 anos do seu assassínio, o secretário-geral do PCP evocou “a difícil situação” que se vive em Portugal.

Uma situação “marcada pelos baixos salários, pelas baixas reformas, pelas dificuldades de acesso à saúde, à habitação, pelo encerramento de serviços públicos”, ou seja, “problemas concretos e retratos de vida difíceis da maioria” dos portugueses, exemplificou.

Mas, ao mesmo tempo, continuou, “aí está o Governo, pronto a não resolver nenhum destes problemas, mas empenhado em levar por diante, e o mais depressa possível, o seu programa, que está ao serviço dos grupos económicos, desses que se continuam a encher à custa do esforço, do trabalho e dos sacrifícios de todos nós”.

Para ilustrar esta crítica, Paulo Raimundo referiu-se aos lucros da banca no 1.º trimestre do ano: “Veja-se estes últimos números da banca e os seus 560 mil euros de lucros por hora”.

O atual Governo “aproveita todos os problemas que existem, não para os resolver em função da necessidade da maioria, mas para abrir sempre novas oportunidades de negócio para as mãos de uma pequena minoria”, criticou.

Segundo o líder do PCP, o executivo liderado por Luís Montenegro “aproveita o drama da habitação para ampliar a especulação e servir ainda mais os fundos imobiliários e a banca”.

E também “aproveita as dificuldades de saúde para, mais cedo do que tarde, transferir ainda mais recursos públicos para os grupos económicos, esses que fazem da doença um negócio”.

“Aproveita os baixos salários, transversais na nossa sociedade, pasme-se, para abrir o pretexto para baixar ainda mais os impostos sobre as grandes empresas, esses tais dos 25 milhões de euros de lucros por dia”, vincou.

Para Paulo Raimundo, “é isto que o Governo quer, com esta conversa do IRC, do IRS”, o que pretende “é abrir caminho para baixar o IRC para as grandes empresas e a Derrama”.

“Não aceitamos uma política que beneficia e se ajoelha perante os grupos económicos”, frisou.

No seu discurso, o líder comunista abordou ainda o anúncio feito, na última semana, pelo Governo de construção do novo aeroporto da região de Lisboa nos terrenos do Campo de Tiro de Alcochete.

“O que se exige é mesmo avançar na construção faseada do aeroporto” e não “procurar garantir mais uns milhões para a multinacional da Vinci”, argumentou, defendendo que, ao mesmo tempo, é preciso aproveitar o Aeroporto de Beja.

Anualmente, o PCP promove uma homenagem a Catarina Eufémia, assassinada pelas forças do regime fascista, a 19 de maio de 1954, em Baleizão, pequena aldeia do concelho de Beja.


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