“Participaram nos trabalhos um total de 15 voluntários, sob coordenação dos arqueólogos Miguel Serra, Câmara Municipal de Serpa e Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências de Património da Universidade de Coimbra, e Sofia Silva, Axis Mundi - Heritage & Archaeology, que incluíram estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento em Arqueologia das universidades de Lisboa, Coimbra, Évora e Santiago de Compostela, bem como estudantes e profissionais de outras áreas.”
Miguel Serra, um dos coordenadores das escavações, fez o balanço desta campanha à nossa estação, dizendo que é “muito positivo” e “uma das melhores campanhas, em termos de resultados, ou seja ao nível dos achados que ficaram a descoberto”. Perante este resultado, Miguel Serra avança que “as expetativas para as próximas campanhas são as melhores, assim como para a continuidade do projeto e a possibilidade do mesmo poder vir a ser visitável”.
“O Projeto Outeiro do Circo aposta habitualmente numa forte componente de divulgação, que este ano teve de sofrer adaptações face às restrições provocadas pela pandemia Covid 19. Assim, a aposta centrou-se na divulgação dos trabalhos através de formato online, mas manteve-se a opção de realizar uma série de conferências presenciais direcionadas para os participantes no projeto”, referiu, igualmente Miguel Serra. “Os trabalhos arqueológicos de 2020 permitiram documentar a presença de vestígios da Idade do Ferro junta à muralha”, assim como de outros legados que serão analisados nos próximos tempos”, deixou claro, ainda, Miguel Serra, salientando que “ao nível dos materiais arqueológicos encontrados esta foi, também, das melhores campanhas arqueológicas”.
Recorde-se que o povoado muralhado do Bronze Final do Outeiro do Circo, situado a cerca de 18 km a Oeste da cidade de Beja, é alvo de escavações arqueológicas desde 2008, inserindo-se os trabalhos atuais num projeto de investigação iniciado em 2019.
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