"Há respostas que têm de ser dadas pelo Governo central e com olhar realista perante um concelho que, em 20 anos, passou de dois mil para 12.500 imigrantes" deixa claro o presidente da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, referindo-se às áreas da saúde, "na qual as autarquias não têm responsabilidades diretas, e na educação onde a Câmara ajuda como pode, contratando auxiliares, mesmo com o estrangulamento orçamental que isso possa significar".
"Olhar realista para um território que há muito tempo que deixou de receber apenas imigrantes homens para acolher mulheres e crianças. Uma realidade que exige respostas na área da saúde, em particular para as grávidas, pois são cada vez mais e precisam de ser acompanhadas, bem como para as crianças que nascem no concelho", clarifica Hélder Guerreiro, pedindo que "a intervenção na política de natalidade comece já".
O presidente da Câmara de Odemira refere, igualmente, que todas "estas especificidades trazem por inerência mais dificuldades nas respostas em habitação e educação. Em Odemira foram abertas mais 11 salas de aula para o pré-escolar e 1.º Ciclo. O Município faz o que pode contratando mais auxiliares, mas reconhece que não chega".
Para Hélder Guerreiro, em particular na área da saúde, a resposta "tem de ser estrutural, do Estado".
