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Opinião

"O 25 de abril na atividade económica"

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"O 25 de abril na atividade económica"

Foto: David Simão

"O 25 de abril de 1974 marcou indiscutivelmente a democracia em Portugal. Este acontecimento acabou por ser um marco na vida nacional, pois foi o catalisador de transformações sociais, culturais e económicas" refere a crónica de David Simão, presidente da Direção do NERBE, que pode ler e ouvir aqui.

"Antes do 25 de abril, a economia portuguesa era fortemente controlada pelo governo, os grandes grupos económicos sofriam pressões governamentais e o Estado era proprietário de muitas empresas.

Com a democracia, verificou-se uma liberalização da economia e por sua vez um aumento concorrencial. Este facto provocou novas oportunidades de mercado para a atividade empresarial, incentivando a criação de novas empresas e o investimento, quer nacional quer estrangeiro. As alterações políticas facilitaram o desenvolvimento económico, mas também trouxeram novos desafios, pois as empresas tiveram de lidar com a reforma trabalhista posta em prática, que implementou novas regras nas relações laborais que vieram reconhecer a importância dos direitos dos trabalhadores e o papel que estes desempenham no sucesso das empresas.

A data do 25 de abril tem associada a condição de liberdade. Liberdade de querer, liberdade de ser e liberdade de sonhar. Esta liberdade é condição imperiosa para a atividade empresarial e empreendedora. Passámos duma economia controlada e fechada a uma economia aberta à inovação, diferenciação e ao Mundo.

No caso do Alentejo, que sempre representou os princípios de abril, tem vindo a ser esquecido, ignorado pelos diversos governos nas condições de igualdade de oportunidades em relação a outros territórios nacionais e que tem demonstrado uma capacidade de resiliência inigualável que teima em não abandonar este território.

No que concerne ao Baixo Alentejo, tem vindo a dar provas da sua capacidade de multiplicar o investimento público com investimento privado, como facilmente se constata com o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva em que o setor privado contribuiu para a transformação do paradigma deste território. O Baixo Alentejo teve, segundo dados disponibilizados, um crescimento do seu PIB nos últimos 20 anos de 89%, muito acima dos 59% apresentados pela média nacional, demonstrando a capacidade da região em contribuir para o todo nacional. No entanto ainda muito se encontra por fazer.

Sabendo que novos tempos se apresentam, sem que os princípios de abril estejam ultrapassados ou desadequados, bem pelo contrário, cada vez mais é imperiosa a expressão “não deixar ninguém para trás” e por isso é imprescindível que, de forma concertada, os atores regionais definam uma estratégia única para o território para demonstrar e reivindicar junto do poder central a urgência na implementação de investimentos estruturantes, como são a eletrificação da ferrovia contemplando o ramal do Aeroporto de Beja e a conclusão do traçado da IP8, assim como a rápida efetivação do plano de expansão do perímetro de rega de Alqueva.

Um bem haja."

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