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Sociedade

"No País, 975 mil trabalhadores vivem com o salário mínimo"

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"No País, 975 mil trabalhadores vivem com o salário mínimo"

Foto: Rádio Voz da Planície

A União dos Sindicatos do Distrito de Beja (USDB) já completou, na capital de distrito, junto à Casa da Cultura, a árvore dos direitos. Nesta ação "está claro tudo o que continua por cumprir, todos os direitos, nos mais variados setores de atividade, que faltam a quem trabalha". Todos os sindicatos que integram a USDB colocaram uma prenda onde pediram o que falta, reivindicando o que esperam concretizar em 2024. Foi nesta iniciativa que Maria da Fé Carvalho, da USDB, revelou que "no nosso País há 975 mil trabalhadores a sobreviverem com o Salário Mínimo Nacional (SMN)".

Maria da Fé Carvalho revelou, igualmente, que "em Portugal, três milhões de trabalhadores recebem salários até aos mil euros, ou seja, 60 por cento". Mas no nosso País, acrescentou, "meio milhão de trabalhadores, apesar de trabalharem, são pobres. E em duas décadas, de 1999 a 2019, os salários cresceram seis vezes menos que a produtividade".

Factos, sublinhou Maria da Fé Carvalho, que demonstram "a urgência e a necessidade de que o SMN seja de 910 euros já em janeiro e de mil euros ao longo de 2024. O mesmo se passa com os pensionistas, mais de 70 por cento destes trabalhadores estão abaixo do limiar da pobreza, ou seja, vivem com menos de 554 euros mensais. Daí ser imperativo o aumento das pensões e reformas em 7,5 por cento. Isto significa, no mínimo, um aumento de 70 por cento".

"Nesta época festiva e de luzes tem de se estancar o aumento dos bens essenciais por haver muitos trabalhadores que nem sequer conseguem suportar os encargos com a eletricidade", frisou, ainda, Maria da Fé Carvalho.

"Na hora certa, o final do ano e o início de outro com legislativas marcadas", a USDB esclarece o que significa cada ramo da árvore dos direitos onde se reivindicam aspetos essenciais ao bem estar das populações como "serviços públicos de qualidade, com reforço de investimento em todas as áreas e em particular no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A escola pública e todas as necessidades por cumprir no que se refere a professores, alunos e pessoal não docente".

"O fim da precariedade que assombra a maior parte das profissões no País e em particular os jovens, neste caso mais de 70 por cento do emprego criado foi precário. Direito à habitação que continua a faltar a muitos pois não conseguem aceder a empréstimos, pagá-los quando já os têm, assim como os valores das rendas praticadas. Mais SNS pelos ataques que tem sofrido e pela falta de investimento a que se tem assistido", são também divulgados nos ramos da árvore dos direitos.

Foi neste contexto que foi recordado o período eleitoral que se aproxima e que foi deixado o alerta para o facto do mesmo significar a "eleição de 230 deputados" e que "está na mão dos trabalhadores não permitir perpetuar a condenação ao empobrecimento a trabalhar. É hora de inverter o rumo e mudar a política que nos conduziu a este caminho".

Maria da Fé Carvalho pediu, igualmente, que seja subscrita a petição "Distrito de Beja luta pelo direito à saúde", que já "tem seis mil assinaturas, mas que precisa de sete mil e 500 para ser entregue na Assembleia da República".

No final desta iniciativa, que juntou muitos trabalhadores junto à Casa da Cultura de Beja, não faltou uma palavra de "apelo à paz" perante os conflitos mundiais que o Mundo está a viver e que têm impacto "na vida de todos".


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