É o 13.º ano consecutivo em que o saldo natural se agravou, tendo a pandemia contribuído no início do ano anterior para o aumento do número de mortes.
Segundo o relatório sobre o saldo natural do Instituto Nacional de Estatística (INE), nasceram em 2021, com vida, 79 582 crianças em Portugal - houve menos 4.948 nados-vivos do que em 2020, o que equivale a uma queda de 5,9 por cento na natalidade.
No texto, o INE alerta que "as medidas decorrentes da contenção da pandemia tiveram impactos na vida dos cidadãos, onde se inclui a mobilidade e o contacto social", pelo que os dados apresentados "devem ser lidos neste contexto".
A queda na natalidade foi registada em todas as regiões do País, especialmente no Norte (7,6 por cento) e na Região Autónoma da Madeira (6,2 por cento), com as duas regiões a registarem uma redução no número de nascimentos superior à média nacional.
"Do total de nascimentos, 40.762 eram do sexo masculino e 38.820 do sexo feminino, representando uma relação de masculinidade de 105 (por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 105 do sexo masculino)", acrescenta o INE.
O período em que nasceram mais bebés em Portugal foi durante o mês de setembro, ou seja, cerca de nove meses depois do Natal e do Ano Novo. Se estes indicadores são fortemente influenciados pela pandemia, é na mortalidade onde essa influência se destaca.
Segundo o INE, "o aumento do número de óbitos e o decréscimo do número de nados-vivos determinaram novamente um forte agravamento do saldo natural".
Por outro lado, o número de crianças a morrer com menos de um ano caiu ligeiramente, de 205 para 191 óbitos em 2021.
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