Este espaço da cidade recebeu, no passado sábado, o encontro do Instituto Português de Museologia (IPOM) focado nos museus de Beja e integrado nas Jornadas Europeias do Património. Foi neste âmbito que a diretora, Deolinda Tavares, falou sobre as obras que estão a avançar e que resolvem, frisou, “as questões mais urgentes, ou seja a cobertura, assim como renovações nas instalações, o que inclui sanitários para o público que visita o monumento”.
Recordo que esta fase das obras é fruto de uma parceria com as Portas do Território - Câmara, Diocese e Misericórdia de Beja - e que o montante de investimento, candidatado a fundos europeus, é superior a um milhão e meio de euros.
Em Beja estiveram especialistas de museologia com olhos postos nos museus da cidade e no trabalho que está a ser feito, no sentido da fruição pública, partilha de conhecimentos e experiencias, explicou Deolinda Tavares, fazendo um resumo da iniciativa.
Há obras a avançar e mudanças previstas no funcionamento do Museu Rainha Dona Leonor de Beja e não só.
O público vai deixar de entrar pela porta com acesso direto à igreja, para passar a fazê-lo pela Sala dos Brasões, deixou claro a diretora do museu. Para a entrada atual está previsto passar o espólio de peças religiosas para exposição, assim como a história deste convento, e sua evolução, até ao século XIX.
Para o Museu Rainha Dona Leonor está previsto, igualmente, resolver a questão da acessibilidade ao edifício - com a colocação de um elevador para o 1.º andar - que está contemplada no valor de financiamento previsto no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de três milhões e 150 mil euros. E será neste contexto que será feito, igualmente, o restauro do património integrado deste museu, o que inclui a igreja e os claustros. Revelações feitas por Deolinda Tavares.
Outra ideia, explicou a diretora do Museu - integrado na Direção Regional de Cultura do Alentejo, Ministério da Cultura - , é ganhar espaço no exterior e aumentar a área expositiva, que é muito reduzida, no sentido de se conseguir colocar em evidência algumas peças icónicas, entre elas a cabeça de Júlio César e um torso de Afrodite.
Deolinda Tavares, diretora do Museu Rainha Dona Leonor de Beja, disse, igualmente, que têm sido sujeitas a intervenções de urgência algumas pinturas que integram o espólio deste monumento.
Fazer o registo digital do acervo do museu para divulgação, passando pelo inventário total de tudo o que contém está, também, nas perspetivas de trabalho futuro deste espaço monumental, situado em Beja.
Neste dia, ou seja no passado sábado, 24, foi apresentado, ainda, o plano de atividades do Grupo dos Amigos do Museu, recentemente criado, e avançado que uma das iniciativas é a realização da festa do museu, marcada para o público em geral para os dias 15 e 16 de outubro e para as escolas para 17 e 18 deste mesmo mês.
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