“O futuro é incerto, o trabalho é pouco e mal pago e a terra produz pouco alimento. Comemos o que nos trazem de lugares incertos e cultivamos produtos que não consumimos e que enviamos para longe”, refere o movimento, reforçando que esta tendência é crescente, e que “estes investimentos são financiados por todos nós”, acrescentando que “barragens, como o Alqueva, foram construídas com investimentos públicos que estão ao serviço de sociedades financeiras que produzem o que não necessitamos”.
O Movimento Chão Nosso demonstra a sua preocupação à possível extinção do agricultor “como o conhecemos, o homem com ligação à terra que respeita a identidade do local”, devido à subsidiarização que permite alugar a bom preço os terrenos a terceiros, recebendo os proprietários uma renda fixa. “Até para aqueles que gostariam de fazer agricultura, é vantajoso alugar o terreno para estas práticas”, colocando em causa o futuro das suas próprias terras.
Entre outros aspetos, o movimento refere também que “é fundamental alcançar um equilíbrio entre o modelo de produção super intensivo e um outro modelo distinto, assente numa agricultura mais conscienciosa e assente em circuitos curtos de produção e comercialização”.
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