A produção da aguardente de medronho com recurso ao fruto que é colhido nos medronheiros dispersos pelo imenso território do concelho de Odemira mereceu, pela primeira vez, a realização de um concurso na FACECO que selecionou a melhor aguardente deste território. O painel de especialistas esteve reunido durante cerca de uma hora, numa prova sega, através da qual apreciou os dez concorrentes que foram avaliados e pontuados de acordo com o aroma, o paladar e a acidez do produto.
O primeiro lugar do concurso foi arrebatado pela aguardente Monte do Vale Doja, de Joel Rosalino; o segundo lugar foi entregue à aguardente Monte da Quebradiça, de António Piedade e o terceiro lugar, em exe aequo, foi entregue à aguardente Foz do Touril, de António Rodrigues Fernandes e ao Medronho da Serra.
O primeiro concurso de Medronho foi promovido pela ARBUTUS – Associação para a Produção do Medronho no Sudoeste Alentejano. Francisco Guerreiro, membro da direção desta associação, referiu que o concurso deste sábado serviu essencialmente para motivar os novos produtores.
Francisco Guerreiro garante que a aguardente de medronho não irá desaparecer uma vez que existem muitos produtores jovens e com vontade de incluir novas tecnologias no processo produtivo. Este dirigente da ARBUTUS falou-nos ainda do imenso trabalho que envolve a confeção desta aguardente que começa logo no campo com a colheita do medronho.
