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Ministra da Agricultura diz ser "inevitável" aumentar preço da água do Alqueva

Ministra da Agricultura diz ser "inevitável" aumentar preço da água do Alqueva

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, veio a público defender que “é inevitável” o aumento do preço da água do Alqueva para regadio, para “garantir a operacionalidade” da empresa gestora do empreendimento (EDIA). Os agricultores e suas associações criticam fortemente este aumento, referindo mesmo que haverá culturas em risco.

“Este aumento tarifário é inevitável para garantir a operacionalidade da própria empresa” que gere o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, disse a ministra, esta terça-feira, dia14 de fevereiro, aquando de uma deslocação ao Crato, no distrito de Portalegre.

A ministra da Agricultura e da Alimentação sustentou que o tarifário da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) “tem que refletir o aumento também dos custos de produção”.

“Portanto, aquilo que estamos a fazer é essa atualização, precisamente, passando dos três cêntimos para um valor um pouco superior”, explicou Maria do Céu Antunes, admitindo à Lusa que a subida pode ficar “nos seis, sete cêntimos”, portanto, mais do dobro do preço atual.

A EDIA “é uma empresa pública” e “aquilo que quer é continuar a investir”, lembrou, referindo que “tem obras em curso e vai continuar” a fazê-las.

Maria do Céu Antunes recordou ainda que o Governo criou, no Orçamento do Estado para 2023 “mecanismos que fazem com que haja uma majoração em 40 por cento para as despesas que decorrem da rega, para, em sede de IRC [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas] ou IRS [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares], em 2024, esses mesmos agricultores serem beneficiados”.

Recordamos que agricultores, associações de regantes e a própria federação já se manifestaram “em estado de choque” com a proposta “indecente” de duplicação das tarifas da água apresentada pela EDIA, havendo quem defenda que algumas culturas possam estar em risco.

No início desta semana, a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) reclamou “um debate sério” sobre o futuro da gestão da água para regadio e um tarifário para a atual campanha no Alqueva com “níveis semelhantes” à anterior.

A FAABA disse também antever uma subida tarifária que “pode atingir os 140 por cento”, para regantes diretos da EDIA e para os regadios preexistentes, o que vai inviabilizar “a maior parte das culturas anuais praticadas nesta região”.


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