Em comunicado enviado à agência Lusa, a Lundin Mining explicou que o negócio envolve também a mina sueca de Zinkgruvan, num montante total que ascende a 1,52 mil milhões de dólares (cerca de 1,44 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).
“Neves-Corvo e Zinkgruvan desempenharam um papel significativo na catalisação da empresa para se tornar um produtor de metais básicos com múltiplos ativos à escala global”, afirmou o presidente da Lundin Muning, Jack Lundin, citado no comunicado.
Segundo o gestor, o negócio permitirá à empresa sediada em Toronto, no Canadá, reforçar o seu balanço e continuar a crescer na América do Sul, onde é proprietária das minas de Candelária e Caserones (ambas no Chile), Chapada (Brasil) e Josemaria (Argentina), além de Eagle (Estados Unidos).
“É um momento oportuno para otimizar o nosso portefólio através deste desinvestimento, à medida que avançamos para nos tornarmos uma empresa mineira de primeira linha, com predominância no cobre”, acrescentou Jack Lundin.
No comunicado, a Lundin Mining explicou que receberá da Bolinden “uma contrapartida inicial” de 1,37 mil milhões de dólares”, mais “até 150 milhões de dólares de contrapartidas mediante a satisfação de determinadas condições”.
A venda das duas minas à Bolinden deverão estar concluídas “em meados de 2025”, sendo que, no caso português, o processo carece de “aprovação da alteração de controlo pela Direção-Geral de Energia e Geologia, ao abrigo do Contrato de Concessão Neves-Corvo”, explicou a Lundin Mining.
Constituída em 24 de julho de 1980, a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo, que produz, sobretudo, concentrados de cobre e de zinco, assim como prata e chumbo, e onde trabalham cerca de 2.000 pessoas.
A empresa é uma subsidiária, há quase 20 anos, do grupo sueco-canadiano Lundin Mining, sendo a maior mina de zinco na Europa e a sexta maior de cobre também no continente europeu, além de ser a maior empregadora da região.
No ano passado, foram produzidas em Neves-Corvo um total de 108.812 toneladas de zinco e 33.823 toneladas de cobre.
Em julho deste ano, a empresa Somincor confirmou “a existência de contactos exploratórios” para a venda da sua operação em Portugal.
Em comunicado enviado na altura à Lusa, a empresa explicava que “as manifestações de interesse registadas decorrem da relevância internacional da operação da Somincor e do potencial produtivo existente, em compromisso com os trabalhadores, a região e o país”.
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