“O bloqueio do plano do eretor da espinha é uma técnica ecoguiada que ganhou popularidade como técnica analgésica perioperatória devido à sua versatilidade e perfil de segurança.

Descreve-se o caso de uma idosa com cardiopatia isquémica e fibrilação auricular, submetida a uma colectomia segmentar através de uma laparotomia subcostal esquerda sob anestesia geral, para excisão de um tumor do colon.

Pós-operatoriamente foi colocado ecoguiado, um cateter no plano do eretor da espinha ao nível de T7, o qual foi utilizado para analgesia (ropivacaína 0,2%; bolus + perfusão a 8 mL/h), complementada com paracetamol e metamizol magnésio endovenosos. Este esquema analgésico foi mantido durante 72h, com excelente controlo da dor, tendo o cateter sido removido no final.

A doente permaneceu com analgesia adequada, sem necessidade de opióides de resgate, até à data de alta sete dias após a cirurgia.

O bloqueio contínuo do plano do eretor da espinha a nível torácico, foi neste caso uma técnica eficaz para a analgesia pós-operatória em cirurgia abdominal aberta, permitindo um controlo excelente da dor associado a baixo risco de complicações e evitando a utilização de opióides.” Resumo do artigo científico publicado.