“No dia 10 de março [quinta-feira], foi confirmado novo foco de
infeção por vírus da gripe aviária (GA) numa ave selvagem, um gaio, encontrado
na freguesia de S. Matias, em Beja”, lê-se numa nota divulgada pela DGAV.
O número de focos de infeção pelo vírus da gripe das aves sobe
agora para 19, tendo já sido afetados os distritos de Leiria, Lisboa, Santarém,
Setúbal, Beja, Faro e Porto.
Do total, foram confirmados 13 focos em aves domésticas,
“incluindo explorações comerciais de perus, galinhas e patos, uma coleção
privada de aves e capoeiras domésticas”, e seis em aves selvagens.
O primeiro caso foi confirmado em 30 de novembro de 2021, numa
capoeira doméstica no concelho de Palmela, Setúbal.
Segundo o último edital da DGAV, perante estes casos, as medidas
de controlo estão a ser implementadas e incluem a inspeção dos locais onde foi
detetada a doença, abate dos animais infetados, bem como a notificação das
explorações com aves nas zonas de proteção num raio de três quilómetros em
redor do foco e de vigilância num raio de 10 quilómetros em redor do foco.
A DGAV tem vindo a apelar a todos os detentores de aves para que
cumpram as medidas de biossegurança e boas práticas de produção avícola,
reforçando também os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e
materiais.
A diretora-geral da DGAV, Susana Guedes Pombo, já tinha
determinado que as aves de capoeira e em cativeiro detidas em estabelecimentos,
incluindo detenções caseiras, em Portugal Continental, devem ficar confinadas
nos seus alojamentos, impedindo o contacto com aves selvagens.
Por sua vez, nas zonas de proteção e vigilância é proibida a
circulação de aves detidas a partir ou para os estabelecimentos aí localizados,
o repovoamento de aves cinegéticas e feiras, mercados, exposições “e outros
ajuntamentos de aves detidas”.
Está ainda proibida a circulação de carne fresca e produtos à
base de carne, a partir de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de
caça, assim como a circulação de ovos para incubação ou consumo humano e de
subprodutos de animas obtidos de aves.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado,
com autonomia administrativa.
De acordo com um diploma publicado na terça-feira, o Governo criou o Grupo de Gestão da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade com a missão de definir cadeias de comando e a prevenção e resposta articulada entre a componente animal e humana para combater a doença.
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