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Mais mulheres nas Forças Armadas tornam "mais difícil" incompetência

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Mais mulheres nas Forças Armadas tornam "mais difícil" incompetência

A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, manifestou-se esperançada de que, com mais mulheres em cargos de decisão nas Forças Armadas, seja “mais difícil” haver “pessoas incompetentes” nesses lugares.

Questionada, em Beja, sobre declarações recentes do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acerca da igualdade de género nas Forças Armadas, a governante disse que entendeu a mensagem do Chefe de Estado.

Na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que só haverá verdadeira igualdade entre homens e mulheres nas Forças Armadas “quando chegar aos mais altos postos uma mulher tão incompetente como chega, em vários casos, um homem”.

À margem das comemorações do 70.º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP), Helena Carreiras disse que o Presidente da República quis sublinhar “a importância do caminho que falta ainda percorrer” para chegar “à igualdade plena”.

“A minha esperança é que o facto de haver mais mulheres a chegar a cargos de decisão possa tornar mais difícil, mais improvável, que pessoas incompetentes cheguem a esses lugares”, acrescentou a ministra.

Após presidir à cerimónia militar comemorativa do 70.º aniversário da FAP, a governante reiterou ainda o compromisso, já assumido pelo primeiro-ministro, de Portugal atingir no próximo ano 1,66% do PIB para este setor, o que vai permitir reforçar o respetivo orçamento.

“O primeiro-ministro já o disse”, existe “o compromisso de antecipar para 2023 o objetivo de 1,66%, que havia sido fixado para 2024”, afirmou a governante, em declarações aos jornalistas, em Beja.

Segundo Helena Carreiras, a antecipação dessa meta significa que, no próximo ano, vai haver “um reforço do orçamento da Defesa, na medida das possibilidades [do país] neste contexto de crise”.

Existe também “a possibilidade de haver um reforço de meios da União Europeia e de outros fundos”, para que o país possa “atingir e tentar convergir para os 2% [do PIB para a Defesa] até ao final da década”, acrescentou.

Questionada igualmente sobre o requerimento do PSD para que seja ouvida na comissão parlamentar de Defesa sobre as taxas de execução da Lei de Programação Militar (LPM), aprovado por unanimidade na quarta-feira, Helena Carreiras disse ter “todo o gosto em ir ao parlamento”, que é onde se deve “prestar contas, discutir e clarificar”.

A ministra lembrou que, aquando da discussão do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), já explicou as taxas de execução da LPM, mas, “logo que possível e que seja possível agendar”, irá regressar ao parlamento.

Aí, irá “voltar a explicar porque é que, em 2021, as taxas tinham ficado abaixo do desejável, devido a circunstâncias muito variadas, e falarei também da revisão da LMP, que está em curso”, indicou.


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