Segundo o autarca de Aljustrel, Carlos Teles, que tem o pelouro da Proteção Civil, as habitações dos desalojados, no primeiro andar do edifício, não foram atingidas pelas chamas, mas “o fogo danificou infraestruturas, nomeadamente os esgotos”.
“Os dois apartamentos ficaram também sem condições de habitabilidade devido aos fumos”, adiantou. O presidente do município indicou que uma família de cinco elementos foi realojada em casa de amigos e uma outra pessoa, que mora sozinha, também encontrou alojamento temporário por meios próprios, sem saber precisar quais. “Pensamos que, dentro de alguns dias, as pessoas possam voltar a casa”, mas terá que ser feita uma “avaliação a nível estrutural” do edifício afetado pelo incêndio, acrescentou.
O incêndio, para o qual foi dado alerta às 10:21, atingiu duas lojas contíguas de venda de produtos chineses, no centro de Aljustrel, tendo sido extinto durante a tarde, de acordo com a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja.
Na sequência do incêndio, um bombeiro da corporação de Aljustrel e um militar da GNR foram transportados com ferimentos ligeiros para as urgências do hospital de Beja, devido à inalação de fumos. Um homem, com cerca de 50 anos e dupla nacionalidade portuguesa e francesa, foi detido pela GNR, por suspeitas de fogo posto, depois de ter sido “retido pela população” no local.
O detido foi encaminhado para o posto de Aljustrel, adiantou uma fonte da GNR, referindo que a Polícia Judiciária foi chamada ao local.
O combate às chamas mobilizou bombeiros de várias corporações do distrito de Beja, a GNR e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), num total de 58 operacionais, apoiados por 23 veículos, incluindo uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER).
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