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Saúde

Hospital de Beja: “Serviço de Urgência de Cirurgia em risco de encerrar” diz o SIM Alentejo

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Hospital de Beja: “Serviço de Urgência de Cirurgia em risco de encerrar” diz o SIM Alentejo


O SIM Alentejo diz que no Hospital de Beja, “as equipas de cirurgia estão a funcionar abaixo dos mínimos de segurança para os cidadãos e médicos”. O SIM Alentejo pede ao Conselho de Administração da ULSBA “medidas urgentes” para travar o encerramento do “Serviço de Urgência de Cirurgia”. José Aníbal, Diretor Clínico, afirma que o comunicado em causa “é falso” e que está “cheio de erros”.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) Alentejo, frisa que “os médicos estão exaustos” e que “já ultrapassaram há muito as 150 horas de trabalho extraordinário o que é agravado pela pandemia e pela idade destes profissionais. Dos 6 chefes de equipa 4 têm mais de 50 anos e 2 mais de 55 anos. Os médicos com essa idade já não são obrigados a fazer serviço de urgência e só a sua dedicação é que os motiva”, tal como avança à Voz da Planície o médico Armindo Ribeiro, secretário regional desta estrutura sindical.

“Apesar dos alertas dos médicos, o Conselho de Administração tem-se mantido insensível e incapaz de resolver o problema e por isso, o SIM aconselhou os seus associados a apresentarem minutas de escusa de responsabilidade”, é referido, também. O médico Armindo Ribeiro explica, ainda, o que se está a passar, esclarecendo porque está em risco “a segurança de pacientes e médicos” e exigindo ao “Conselho de Administração que tome uma atitude de imediato”.

O SIM Alentejo informa que enviou um ofício, ao Conselho de Administração da ULSBA, a pedir esta tomada de atitude e a referir que “no caso da situação não ser resolvida terá de encerrar a Urgência de Cirurgia e referenciar os doentes para os também sobrecarregados hospitais da região.”

José Aníbal, Diretor Clínico, afirma que o comunicado do SIM “é falso” e que as idades indicadas “estão erradas”. Aludindo ao facto, dos serviços do “Hospital de Beja terem profissionais com faixas etárias elevadas, tal como muitos outros do país”, refere que estes “médicos dão tudo pela sua instituição”. Quanto à “insensibilidade do Conselho de Administração da ULSBA sobre a matéria”, responde que “o SIM deveria saber que os concursos não podem ser abertos pela ULSBA e que ficam desertos”.

Voltando a frisar a “dedicação dos profissionais de cirurgia do Hospital de Beja”, José Aníbal, revelou que “a diretora do Serviço quis desmentir o comunicado” e que “seria importante antes de fazer documentos, o SIM perguntar para não escrever erros, porque para se falar é preciso que o digam com verdade”.


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