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Cultura

90 medidas de inclusão e acessibilidade a monumentos aprovadas

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90 medidas de inclusão e acessibilidade a monumentos aprovadas

O Governo aprovou um conjunto de 90 medidas que visam facilitar a inclusão e acessibilidade das pessoas a monumentos e museus públicos, dando resposta a graus diferenciados de autonomia, segundo um despacho publicado em Diário da República, na passada quinta-feira. 

A denominada Estratégia Nacional de Promoção da Acessibilidade e Inclusão dos Museus, Monumentos e Palácios 2021-2025 (EPAI), na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e das quatro Direções Regionais de Cultura, esteve em consulta pública até 14 de janeiro deste ano, tendo sido aprovada a 28 de janeiro. 

Assim, este despacho, assinado pela secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, integra os contributos remetidos pelas diversas entidades consultadas e traduz a importância de o património tutelado pelo Estado dispor de um “instrumento estruturador” que aumente o acesso e a inclusão de todos, esclarece o Governo em comunicado. 

A EPAI “compreende 90 medidas, organizadas em torno de 5 eixos estratégicos”, que “contemplam objetivos e metas concretas e têm como objetivo reforçar a qualidade das políticas públicas na promoção da acessibilidade universal, contribuindo, assim, para uma maior coesão social”, acrescenta. 

O documento agora aprovado resulta de um trabalho conjunto desenvolvido com a Secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência. 

O desenvolvimento e aplicação da EPAI obedece a cinco princípios orientadores, um dos quais diz respeito à territorialização das medidas e ações, ou seja, deverá ter em linha de conta as especificidades das populações, as suas necessidades, os recursos disponíveis e os agentes locais e regionais existentes. 

A transversalidade é outro princípio contemplado, sendo necessário assegurar que as medidas de inclusão se apliquem a todas as áreas e dimensões da ação e dos contextos de vida. 

Outro aspeto fundamental é a sensibilização e capacitação de agentes e instituições, para que sejam tomadas decisões e desenvolvidas práticas que efetivamente promovam a inclusão das pessoas com deficiência, considerando as suas características específicas e das comunidades e contextos onde estão inseridas. 

O fator “cooperação, redes e participação” é apresentado igualmente como um eixo orientador, na medida em que apenas a estreita cooperação entre os organismos públicos, as organizações não governamentais das pessoas com deficiência, outras organizações representativas e empresas, se torna possível a resolução dos problemas. 

Para a secretária de Estado do Património Cultural, Ângela Ferreira, “a EPAI 2021-2025 representa um salto qualitativo, dando resposta a pessoas com graus diferenciados de autonomia e que carecem, por isso, de soluções distintas”. 

“Essa visão de longo alcance, sustentada em objetivos concretos, constitui uma mudança de paradigma e marcará decisivamente o património cultural na próxima década”, considera. 

Na opinião da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes “é extremamente enriquecedor saber que somos efetivamente o primeiro país – o primeiro Estado da União Europeia – que tem um documento estratégico, que define um conjunto de orientações políticas e de medidas de política estruturadas, organizadas no sentido da sua implementação, com metas temporais definidas de forma coerente e saber que estamos efetivamente na linha da frente nesta matéria.” 

Rádio Voz da Planície/Lusa 


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