No mesmo documento, o deputado Gonçalo Valente afirma que "a forma encontrada pelas administrações para colmatar a falta de médicos no quadro é recorrer a médicos tarefeiros, transformando-se num autêntico leilão de preços. Isto acontece porque a carreira no público não é atrativa para esta classe. O problema é, portanto, estrutural e só se resolve com uma reforma que levará o seu tempo para conhecer resultados".

Estes autarcas, sublinha também Gonçalo Valente, "sabem perfeitamente que isto são situações circunstanciais, basta um pedido de mobilidade, um pedido de licença de maternidade, um justo gozo de férias, uma simples doença que impeça o médico de ir trabalhar, para causar aquilo que estamos a viver neste momento. Porque estamos há muitos anos a assegurar e a garantir os serviços praticamente mínimos".

"Quando estavam no poder assentes numa condição hegemónica, detendo 10 municípios e tendo 2 deputados, não os vi bater o pé ao seu governo vez alguma, estava sempre tudo bem, nunca sentindo o distrito a falta de médicos, tampouco pediram reuniões a ministros por estes motivos e com este mediatismo todo. Estamos perante um caso de pouca seriedade e respeito por quem faz e dá o máximo de si todos os dias", realça, igualmente, o deputado da AD.

"A ânsia de atacarem o governo é tão grande que se esqueceram que o Conselho de Administração da ULSBA tem total poder para contratar médicos e é responsável por toda a gestão do funcionamento da saúde no Baixo Alentejo. Estão intencional ou intencionalmente a atacar a competência das pessoas que eles próprios escolheram. Parece que nós confiamos mais nesta equipa do que propriamente quem teve a prerrogativa de a escolher", é, ainda, referido no mesmo comunicado.

Termina deixando claro que sempre estará "ao lado da administração que estiver a gerir a ULSBA, independentemente de quem a nomeou, respeito o seu esforço e a dedicação, pois o sucesso deles, será o sucesso da nossa região".