“Para desbloquear as negociações solicitámos a intervenção de um mediador independente, à semelhança do efetuado noutros sectores, para garantir celeridade num acordo que responda às necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), diz a FNAM.

A FNAM que não concorda com a “manutenção de jornadas semanais de trabalho de 40 horas (em vez de 35 horas), com aumento da jornada diária de trabalho para nove horas, acrescido do aumento ilegal do limite anual do trabalho suplementar para 300 horas (em vez das atuais 150 horas) o que obrigaria os médicos a trabalharem mais quatro meses comparativamente com os outros profissionais de saúde.”

A Federação considera o aumento salarial proposto, que não vai além do 1,6 por cento, “irrisório para a generalidade dos médicos”.

Exige a FNAM, entre outros aspetos, a “manutenção das 18 horas de urgência do horário normal, não sobrando tempo para as consultas e cirurgias que os doentes tanto precisam.

“A inclusão do trabalho ao sábado para atividade programada; o aumento salarial digno, transversal, para todos os médicos que compense a perda do poder de compra da última década e a inflação, horário semanal de 35 horas; e posição das 12 horas semanais do horário normal em serviço de urgência; reposição do regime de dedicação exclusiva, opcional e devidamente majorada, assim como a inclusão do internato médico no primeiro grau da carreira", reivindicações das quais a FNAM não abdica, frisa o comunicado enviado à nossa redação.