Em Lisboa, com o ministro e secretário de Estado das Infraestruturas, estiveram António Bota, presidente do Conselho Diretivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), e os vice-presidentes desta estrutura Paulo Arsénio e Rui Raposo, assim como o primeiro secretário Fernando Romba.
António Bota fez o balanço desta reunião e referiu à Voz da Planície que “ferrovia não é possível antes de 2025, devido à complexidade do processo”, referindo-se à “eletrificação do troço Casa Branca/Beja”. Quanto à ligação, por ramal, ao aeroporto de Beja “ficará para depois, decorre o estudo e será necessário fazer antes a eletrificação da linha”, no troço identificado.
No que respeita à ferrovia, “será aberta à discussão pública em breve, após aprovação no Conselho de Ministros, a versão inicial do Plano Ferroviário Nacional, na qual a CIMBAL terá todo o interesse em dar a sua contribuição”, é avançado também.
Para além da Ferrovia, o aeroporto foi tema, igualmente, desta conversa.
As “instalações são dignas e estão preparadas para receber passageiros. Aumentar a capacidade da placa é preciso, mas este é um investimento ao qual o Governo não se opõe. Depende, contudo, da Vinci querer, ou não, concretizar esta possibilidade”, disseram os governantes à delegação da CIMBAL, de acordo com António Bota.
“Quanto ao IP8, há um plano para que seja uma prioridade para o Governo e o compromisso de que o concurso internacional será lançado até final deste ano, princípio de 2023. Depois são precisos dois/três anos para fazer as obras, ou seja em 2025 o mais tardar esta possibilidade estará resolvida”, revelou António Bota, dizendo terem sido estas as indicações do Governo.
Outro dos assuntos aflorados pelos autarcas, prende-se com a falta de cobertura dos territórios do Interior, no que respeita às comunicações de voz e dados. “Irá ser lançado em breve, concurso público que permitirá cobrir as zonas brancas, na quase totalidade do território, no que concerne à fibra ótica. Na componente de telecomunicações, o concurso do 5G obriga aos vencedores, de dar resposta à necessidade de cobertura em, pelo menos, 90 por cento do território das freguesias situadas em zona de baixa densidade. A implementar de forma gradual”, foi o compromisso assumido.
A pensar no futuro, ficou a indicação dos autarcas da comitiva da CIMBAL da possibilidade de “serem ligadas as capitais de distritos do Alentejo por comboio”, uma matéria, frisou António Bota, “a pensar nos filhos e netos e que pode ser concretizada em 2040/50”.
Terminou referindo que “a CIMBAL fez o seu papel nesta matéria e a pensar no futuro do território”, frisando que vai “continuar a insistir junto do Governo para a concretização de todas estas aspirações”.
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