Em reação aos resultados do concurso, a Fenprof reconheceu hoje a importância da medida para resolver o problema da precariedade, mas disse que falha em relação ao objetivo principal: dar resposta à falta de professores, sobretudo nas escolas onde esse problema é maior.
Esse objetivo, refere a federação em comunicado, “só se atingiria se os docentes que vinculassem não se encontrassem no sistema”.
Por outro lado, os representantes dos professores criticam a forma como o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) comunicou os resultados do concurso, acusando a tutela de desvalorizar não só as 21,1% de vagas por preencher, mas também o número de lugares que ficaram sem candidato na região mais carenciada.
Das 2.309 vagas disponibilizadas, distribuídas pelos 23 QZP com maior carência de professores, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, mais de metade eram para o QZP que abrange os concelhos da Grande Lisboa.
Para a Fenprof, o número de vagas sobrantes é “ainda mais preocupante” tendo em conta que também podiam candidatar-se docentes com habilitação própria, ou seja, sem a habilitação profissional necessária para integrarem a carreira docente e que implica um mestrado em Ensino.
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