A coordenadora da equipa de missão da candidatura alentejana, Paula Mota Garcia, frisa que “este é o momento que esperávamos” e “o VAGAR é isso: uma proposta de futuro para a Humanidade” afirmou.
Tendo como mote a palavra “vagar”, a candidatura é liderada pela Câmara de Évora, com a comissão executiva a integrar outras entidades e organismos, como a DRCAlentejo, Universidade de Évora, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Fundação Eugénio de Almeida e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo são os outros parceiros.
A diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, congratulou-se com a escolha de Évora e salientou que “o que esteve sempre presente foi “uma perspetiva de contributo para uma outra forma de vida e uma outra abordagem da vida, de desaceleração, de um outro tempo, de construção de um futuro mais amigo do ambiente, mais inclusivo e mais sustentável”.
A eleição de Évora para Capital Europeia da Cultura em 2027 é para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRAlentejo) um marco histórico na nossa região e a demonstração inequívoca que o Alentejo tem potencialidades para ser uma região decisiva para o desenvolvimento do País.
A candidatura eborense baseou-se na herança cultural, intangibilidade e biodiversidade que definem este território, e reclamou para Évora, e para o Alentejo, um lugar próprio e central na formação de uma nova vaga para a Humanidade com a Cultura no centro, diz, ainda, a CCDRAlentejo.
O presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto afirmou que “a cidade já tem “um conjunto de infraestruturas a serem melhoradas”, como Teatro Garcia de Resende, recentemente modernizado, o Salão Central, “antigo cinema abandonado há 30 anos, que no início do próximo ano vai estar à disponibilidade da população e da área cultural”, e o Palácio D.Manuel, recentemente renovado.
Aos jornalistas, Carlos Pinto de Sá, levantou o véu sobre o “programa cultural extraordinariamente ambicioso” apresentado na candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, partilhando o exemplo de um projeto.
“Desafiámos cidades e criadores a criarem esculturas para os centros históricos que, simultaneamente, possam também produzir energia. Vamos pensar em algo inovador que possa também ser exemplo. Temos vários projetos deste tipo. Um exemplo de como propomos projetos que possam contribuir para um melhor futuro”, disse Carlos Pinto de Sá.
O Partido Comunista Português (PCP) no distrito de Évora saudou a escolha e realçou que “este importante projeto estruturante para o desenvolvimento de Évora e do Alentejo não está desligado da visão que a cultura deve assumir para o desenvolvimento e crescimento humano e da sociedade enquanto pilar da democracia”.
Évora será Capital Europeia da Cultura em 2027, juntamente com Liepaja, na Letónia, foi hoje anunciado, numa conferência de imprensa em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).
Com o conceito do “vagar”, expressão tipicamente alentejana, a candidatura da cidade alentejana foi a vencedora de um lote de quatro finalistas, do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada.
Évora terá uma dotação financeira de 29 milhões de euros, dos quais 15 milhões serão de financiamento nacional, 10 milhões de fundos europeus, através do Programa Operacional do Alentejo, e quatro milhões do Turismo de Portugal, sujeitos a candidatura, explicou o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
A candidatura tem também o apoio das quatro comunidades intermunicipais do Alentejo, que representam os 47 municípios da região.
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com