“Temos mesmo, e acho que é a grande lição dos últimos três, quatro anos, de acabar com esta ideia de que a situação tem um teto físico, que não pode piorar mais”, aconselha o economista Guilherme Rodrigues.
Ricardo Guimarães, economista e sócio gestor da Confidencial Imobiliário, partilha da previsão, referindo que "o final de 2024 registou um período de crescimento das transações e aceleração dos preços" e recorda que “há muita pressão da procura e uma base reduzida de oferta”.
Em 2025, os preços poderão “ter alguma estabilização, mas num valor elevado”, antecipa. “Quando dizemos que os preços estabilizam não é sinónimo de dizer que as casas ficam mais baratas”, distingue.
Acusando o atual executivo de estar “alinhado com os interesses da especulação”, a investigadora e ativista lembra: “Promoveu a revogação dos poucos avanços que tínhamos conquistado nas ruas, por exemplo, revogou algumas medidas restritivas ao AL [alojamento local], anunciou que vai repor os residentes não habituais, revogou os limites ao aumento das rendas ou o arrendamento coercivo.”
Por isso, Portugal será, em 2025, um país onde aumentará a desigualdade social, “entre o luxo e as barracas”, prevê Rita Silva, antecipando “pessoas sem-abrigo a aumentar, os despejos silenciosos em escala, a autoconstrução, que volta a ser uma realidade para milhares de pessoas, que procuram uma barraca para viver, sem condições, com problemas de acesso à água, eletricidade e saneamento”.
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