A decisão de criar comandos sub-regionais coincidentes com as 23 comunidades intermunicipais existentes no País foi tomada pelo Governo em 2019.
Nessa restruturação manteve-se um comando nacional de emergência e proteção civil e cinco comandos regionais de emergência e proteção civil: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
Pedro Barahona, comandante dos Bombeiros de Beja, refere à Voz da Planície que a Liga dos Bombeiros Portugueses e a Federação Distrital de Bombeiros, da qual é vice-presidente, são contra esta reestruturação. Alerta para o facto desta decisão retirar Odemira para a alçada do Litoral Alentejano.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) manifestou-se “frontalmente contra” esta alteração e considerou que não se revê neste novo modelo de organização territorial, alegando que o sistema tem uma organização distrital e não sub-regional.
Os 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS) já terminaram e deram lugar aos 23 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil.
A secretária de Estado da Proteção Civil rejeitou que as corporações de bombeiros venham a sentir qualquer alteração com o novo modelo de organização territorial da Proteção Civil, considerando esta mudança “uma mais-valia” para o sistema. "Os bombeiros vão continuar a trabalhar ao seu nível, ao nível dos seus corpos de bombeiros, das suas áreas de atuação, o que vão ter é um reporte diferente a partir de agora. Em vez de reportarem ao comando distrital, reportam a um comando sub-regional. Isto não provoca nenhuma alteração nem obriga a nenhum tipo de integração numa outra estrutura”, disse Patrícia Gaspar, em entrevista à agência Lusa.
Sobre a nomeação dos novos comandantes e segundo comandantes das 23 novas estruturas, a secretária de Estado afirmou que são nomeados em regime de substituição e que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai abrir um concurso público.
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