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Dia Nacional de Luta da CGTP. Trabalhadores da Administração Local juntam-se ao protesto

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Dia Nacional de Luta da CGTP. Trabalhadores da Administração Local juntam-se ao protesto

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) promove nesta quarta-feira, 28, mais de 50 ações de luta por todo o País no âmbito do "Dia Nacional de Luta", convocado pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), para exigir o aumento dos salários. Estão ainda previstas manifestações em Lisboa e no Porto, com início às 15h00.


No distrito de Beja, o STAL realizou hoje, de manhã, plenários com trabalhadores na Vidigueira e em Aljustrel, assim como em Beja, junto à Casa da Cultura.

No plenário que decorreu na manhã desta quarta-feira, 28, estiveram presentes muitos trabalhadores do setor operacional da Câmara Municipal de Beja.

Osvaldo Rodrigues, dirigente distrital do STAL, fez o ponto de situação das várias iniciativas, plenários, realizados em três concelhos do distrito, passando em revista as várias, "e justas", reivindicações que continuam por cumprir, em particular o aumento dos salários, que "no caso destes trabalhadores, do setor operacional, estão ao nível do Salário Mínimo Nacional (SMN)."

Os enfermeiros estão em Greve (SEP), bem como os trabalhadores das grandes superfícies(CESP) e das empresas do setor das telecomunicações (SINTTAV)

O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) realiza um plenário com educadores de infância e professores do 1.º Ciclo em Pias e o sindicato do setor das telecomunicações com os trabalhadores do centro de distribuição postal de Beja dos CTT.

“O que se pretende com este dia nacional de luta, no que diz respeito aos STAL, é trazer para a rua os problemas dos trabalhadores da administração local, que não só têm os seus problemas específicos como no plano mais geral estão também muitíssimo afetados pela situação que o país atravessa, pelos baixos salários que auferem, pelas taxas de juro da habitação e pelos preços insuportáveis dos bens alimentares”, afirmou à Voz da Planície Fátima Amaral, da Comissão Permanente do STAL.

No âmbito da jornada nacional de protesto convocada pela CGTP “mais de meia centena de ações” com trabalhadores das autarquias locais de todo o País, nomeadamente plenários, concentrações e greves.

“Exigimos que haja um aumento intercalar dos salários para todos os trabalhadores, no mínimo de 100 euros, para que os trabalhadores possam recuperar o poder de compra perdido”, declarou.

A sindicalista reforçou que as recentes medidas do Governo para a valorização dos salários dos trabalhadores da função pública, designadamente o aumento mínimo de 52 euros, o aumento salarial intercalar de 1 por cento e o aumento do subsídio de refeição em 80 cêntimos, passando de 5,20 euros para 6,00 euros, “não são suficientes” para fazer face ao nível de inflação registada no País.

Questionada sobre a adesão dos trabalhadores da administração local às ações de luta agendadas para quarta-feira, a representante do STAL referiu que “a expectativa é grande, porque o que se sente todos os dias nos locais de trabalho é a insatisfação dos trabalhadores, apesar de os resultados da luta terem dado a valorização dos salários que os trabalhadores da administração pública tiveram este ano”.

Para o sindicato representativo dos trabalhadores das autarquias locais, a luta é determinante para “pôr fim às políticas de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores na administração pública”, situação que coloca entraves ao desenvolvimento do país, ao reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado.

No total, existem cerca de 745 mil trabalhadores de todas as administrações públicas – central, local e regional –, dos quais 174 mil são da administração local e regional, segundo dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP).

A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano manifesta o seu total apoio e solidariedade com os objetivos da luta da CGTP marcada para hoje, inclusive no Hospital do Litoral Alentejano, nesse mesmo dia às 13h00, com uma ação de representantes das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e também do Sindicato da Função Pública.

As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano estão "totalmente solidárias com os enfermeiros em greve, convocada para os dias 28 e 30 de Junho, apelamos a que todos os enfermeiros adiram à greve e informamos os utentes que compreendam, porque esta luta é por um melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS)."

As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano "têm informado e têm chamado à atenção do Governo/Ministério da Saúde para a falta de profissionais de saúde, nomeadamente médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos, entre outros, bem como para as longas listas de espera para a realização de exames, consultas, cirurgias e a falta de equipamentos na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano."


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