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CPCJ de Beja: mais pedidos de ajuda e casamentos precoces. A pandemia agravou as situações de abuso

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CPCJ de Beja: mais pedidos de ajuda e casamentos precoces. A pandemia agravou as situações de abuso


A CPCJ de Beja está todo o ano atenta às questões das crianças e jovens do concelho, e a propósito do Dia Europeu para a Proteção de Crianças Contra a Exploração e Abuso Sexual e do 32º Aniversário da Convenção dos Direitos da Criança, a presidente desta instituição esteve na Voz da Planície e revelou dados “alarmantes” que chegam à Comissão, dizendo que são “reflexo, também, de alguma forma da situação de pandemia”.

A CPCJ de Beja, tal como as outras, trabalha, essencialmente, a criança e o jovem em risco, esta é a sua missão e neste caso apenas no território que diz respeito ao concelho. Ao contrário de outras, esta instituição, com sede em Beja, recebe a maior parte das denuncias a partir das escolas.

A nível nacional, as situações denunciadas de abuso, e que afetam crianças com menos de 14 anos, são em percentagem muito elevada e os números que se conhecem são referentes a 2020, mas Maria de Jesus Ramires, presidente da CPCJ de Beja, acredita que os dados de 2021 vão revelar mais casos ainda e que a pandemia agravou todas estas situações.

297 entradas de denuncias na CPCJ de Beja e 131 processos ativos são os números revelados por Maria de Jesus Ramires, reportando-se ao dia 19 deste mês, o que significa que presentemente este número já aumentou. A presidente da CPCJ aproveitou para deixar um alerta, em particular para os casais em litígio que sujeitam as suas crianças a presenciar situações de violência.

Maria de Jesus Ramires frisa mesmo que os casais têm de se entender e proteger os seus filhos. A presidente da CPCJ deixou, igualmente, um outro alerta, o do aumento dos casamentos precoces em menores com menos de 18 anos, reportando um caso sinalizado nesta instituição com 14 anos que já tem um filho.

Perante todas estas situações, a CPCJ, deixa claro Maria de Jesus Ramires, atua, essencialmente, ao nível da prevenção e da sensibilização de todos para estas realidades e foi neste âmbito que, durante a passada semana, fez diversas iniciativas nas escolas e com pais e filhos.

Violência/abuso que afeta o normal crescimento de crianças e jovens, muitas delas do sexo feminino e que lembramos hoje, tendo em atenção que amanhã se assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, matéria que a Voz da Planície também irá tratar na sua jornada informativa.

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Concordo inteiramente com a notícia. Fico apenas incrédula ao ver que há tantas meninas de outras etnias, que casam, ficam grávidas com idade de ainda estudarem e terem espaço para crescer e aí nada se faz. Penso que a Lei deverá ser aplicada a todos de igual forma.

Celina Guerreiro

28/12/2021

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