Na denuncia é referido que “desde a primeira hora que os bombeiros têm estado na linha da frente no combate ao COVID-19” e que “no recente plano de vacinação não temos tido o necessário reconhecimento «recebemos as sobras das vacinas», estamos indignados com a forma como temos sido tratados.” E neste contexto, a Voz da Planície ouviu Rodeia Machado, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e presidente da Direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Beja, referir que está ao lado dos bombeiros nesta “indignação”, por considerar que deveriam ter “constado da 1ª fase de vacinação por fazerem transporte de doentes Covid-19” e que a Liga defende que “estes homens devem ser todos vacinados e com urgência”.
Na denuncia pode ler-se, também, que os bombeiros estão “indignados quando no nosso seio contamos com dirigentes com práticas vergonhosas e inqualificáveis”. E prossegue referindo que “Manuel Narra, presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira é também dirigente do Lar de Selmes onde foi vacinado indevidamente em janeiro”. “Enquanto bombeiros temos vergonha de ter dirigentes trapaceiros e vigaristas, quando muitos bombeiros ainda não foram vacinados, repugna-nos ter entre nós gente que tem este tipo de práticas. Os bombeiros não merecem gente assim”, é frisado, igualmente.
A Voz da Planície chegou à fala com Manuel Narra, que confirmou já ter levado as “duas doses contra a Covid-19 em janeiro”. Mas explicou, contudo, que lhe foi “administrada a vacina não por ser prioritário" o cargo que ocupa no Lar em causa, mas sim porque presta serviço neste espaço aos utentes, assegurando inclusivamente "faltas de funcionários”.
Manuel Narra deixou, ainda, elogios às entidades de saúde pública que elaboram calendários de prioridades, revelando que “há elementos da Direção da Associação de Beneficência do Lar de Selmes e Alcaria que não foram vacinados por não fazerem o trabalho” que afirmou desempenhar também.
“No Lar de Selmes ainda não se registaram casos de Covid-19” deixou claro Manuel Narra, dizendo que “tal se tem ficado a dever ao facto, de todas as regras serem escrupulosamente cumpridas.”
Foto: enviada à redação da Voz da Planície em conjunto com a denuncia.
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