De acordo com nota de imprensa enviada pela APDP, os resultados mostram que os enfermeiros especialistas em toda a Europa observaram aumentos expressivos de problemas físicos e psicológicos na população com diabetes. Em Portugal, os riscos a nível psicológico representam mais de metade das preocupações comparativamente aos riscos a nível físico. Os dados indicam igualmente, a interrupção significativa dos serviços clínicos para a diabetes na Europa.
Ana Cristina Paiva, enfermeira da APDP, revela que “é preocupante que, durante este período de grandes necessidades, a pandemia da Covid-19 esteja também a prejudicar a rotina dos cuidados de pessoas com diabetes. É preciso ter presente que a diabetes é uma condição crónica complexa e as pessoas que vivem com ela, necessitam de apoio continuado e interdisciplinar”.
No Consórcio Europeu de Enfermeiros Especialistas em Diabetes foi registado um grande aumento em problemas clínicos como ansiedade 82%; diabetes 65%; depressão 49%; hiperglicemia aguda 39%; e complicações nos pés 18%. Além disso, 47% dos entrevistados identificaram que o nível de atendimento prestado às pessoas com diabetes diminuiu extrema ou severamente.
João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP explica que “este estudo vem reforçar a evidência da necessidade de se adaptarem os circuitos de acompanhamento e de apoio para minimizar o impacto da pandemia nas pessoas com diabetes. Na APDP temos desenvolvido todos os esforços para não interrompermos os cuidados e mantermos a mesma capacidade no atendimento, através do recurso à telemedicina em consultas de seguimento, e presencialmente em consultas de primeira vez, do pé, de oftalmologia, entre outras intercorrências”.
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