A denuncia remetida à Voz da Planície fala de “escândalo no hospital de Beja José Joaquim Fernandes”. E prossegue dizendo que O Conselho de Administração da ULSBA, (com exceção de uma vogal, Dra. Iria) foi todo vacinado à frente de vários médicos, enfermeiros e funcionários da linha da frente. Todo o Conselho de Administração mesmo o que não tem contato com doentes. Aliás este CA está escondido nas luxuosas instalações que colocaram fora do edifício do hospital."
A Voz da Planície ouviu o CA da ULSBA sobre estas acusações e o mesmo respondeu que “relativamente a email de denúncia a propósito de atos indevidos na administração de vacinas na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, o Conselho de Administração repudia tais afirmações, esclarecendo que: foi vacinado o Conselho de Administração da ULSBA, à exceção de um membro do CA que não quis. No entanto, é categoricamente FALSO que o Conselho de Administração tenha sido vacinado à frente de profissionais de saúde que estão na linha da frente de combate à Covid-19; todos os profissionais de saúde da linha da frente, elegíveis para vacinação, já haviam sido vacinados, exceto os que recusaram a toma da mesma.
No que concerne ao espaço ocupado pelo Conselho de Administração, e face à necessidade de aumentar a resposta no combate da pandemia COVID, o CA tomou a decisão de libertar o espaço do 6º piso do edifício hospitalar, onde se encontrava instalado, passando para uma estrutura provisória, composta por módulos de contentores pré-fabricados e usados, a qual referem como “luxuosas instalações”, decisão esta que permitiu ter disponíveis mais 10 camas de internamento de Medicina COVID”.
Relativamente à segunda parte da denúncia onde se pode ler que “o «coordenador regional da droga», Sardica, também já foi vacinado. Valeu-se de ser da direção do Lar Nobre Freire, onde não trabalha”, a nossa estação ouviu o visado, João Sardica, coordenador regional do DICAD da ARS Alentejo, tendo o mesmo esclarecido que foi “vacinado no final do mês de janeiro”, depois de ter sido “contactado” pelo seu “médico de família”, por ter “64 anos” e por ser “um doente de risco”. Avançou ter “problemas de coração” que o levaram mesmo a um “internamento, em 2019”. Explicou que levou a vacina, “na primeira fase do plano, que contempla como grupo prioritário de vacinação, os pacientes com 50 ou mais anos com pelo menos insuficiência cardíaca, doença coronária”, entre outras, por ser o seu caso. João Sardica revelou, ainda, que não pertence à direção do Nobre Freire "há mais de dois anos".
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