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Cooperativa vai abrir duas residências para deficientes em Castro Verde

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Cooperativa vai abrir duas residências para deficientes em Castro Verde

As duas novas residências autónomas para pessoas com deficiência em Castro Verde (Beja) devem começar a receber os primeiros utentes a partir da próxima semana, anunciou o presidente da cooperativa responsável pelo investimento.

“Contamos, a partir de dia 10 de novembro [quinta-feira], começar a receber os habitantes daquelas residências. Será uma fase de adaptação para as pessoas que ali vão viver, mas também para os nossos funcionários”, referiu o presidente da CERCICOA – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas e Solidariedade Social (com sede em Almodôvar, no distrito de Beja), António Matias.

A entrada em funcionamento das duas novas residências autónomas da CERCICOA, com capacidade para cinco pessoas cada, surge depois de a instituição ter celebrado, no final de outubro, o acordo de cooperação com a Segurança Social, homologado pela secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

As novas residências autónomas destinam-se a pessoas com deficiência ligeira, que vivem com um grau elevado de independência e apenas precisam de um apoio residual, mas que não têm alojamento garantido.

Segundo António Matias, os utentes não serão instalados “de repente”, sendo este um processo gradual, até porque serão criadas “algumas estratégias do ponto de vista sociológico em termos de liderança das equipas”.

“Temos de perceber como as pessoas funcionam para depois as irmos integrando progressivamente. Mas temos seis pessoas em situação muito urgente que, a partir de dia 10 de novembro, entrarão logo. E depois, até final do mês, teremos a lotação completa”, acrescentou à Lusa.

Com as novas residências, a CERCICOA estima a criação de “oito a 10 novos postos de trabalho”.

Esta nova resposta representou um investimento avaliado em cerca de 450 mil euros, financiado em 85% por fundos comunitários e os restantes 15% a serem assegurados pela instituição.

As residências foram construídas num lote cedido pela Câmara de Castro Verde, com valor estimado de 60.000 euros.

A autarquia alentejana concedeu ainda um apoio financeiro direto de 20.000 euros ao projeto, assim como diversos apoios de natureza logística e operacional.

O presidente da administração da CERCICOA sublinhou que, com a abertura das residências autónomas em Castro Verde, a instituição cumpre o objetivo de descentralizar serviços, que estava integrado na sua orientação estratégica “desde 2015”.

“Esse processo está completo e até ultrapassamos essa meta, pois acabámos por criar outras estruturas em Ferreira do Alentejo e Aljustrel”, disse António Matias.

Para o responsável, estes serviços descentralizados no território “não criam só dinâmica no âmbito do atendimento direto às pessoas que vão beneficiar deles, como acabam por dar resposta a outro tipo de pessoas”.


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