O movimento cívico Ervidel em Ação tem como propósito "juntar vontades na defesa da saúde pública, do meio ambiente, da cultura e do bem estar da população" desta localidade do concelho de Aljustrel. Neste contexto, já realizou, no passado dia 16, "uma ação de protesto junto ao mais recente olival, para mostrar o descontentamento da comunidade em relação à proximidade das habitações" e "apelar às entidades competentes para a tomada de medidas que defendam o interesse e a saúde da população". Na manhã informativa de hoje, 18 de fevereiro, temos um elemento do movimento, no sentido de serem reveladas, também, ações futuras a desenvolver.
"A iniciativa juntou dezenas de pessoas que se mostraram descontentes com a plantação de um olival de grandes dimensões junto ao perímetro urbano - o qual se junta a uma mancha interrupta de dezenas de quilómetros de outros olivais superintensivos -, colocando como forma de protesto, placas no caminho rural que separa as habitações e o olival em questão.
Este olival mais recente está a ser instalado junto a poucos metros do perímetro urbano de Ervidel, situado num plano orográfico superior à aldeia e na direção dos ventos dominantes, sobre uma linha de água de passa por dentro da povoação, cuja raspagem do solo é causadora de cheias como se constatou há cerda de um mês, a que se junta o uso de pesticidas e fitofármacos para controlo de pragas, aplicados com recurso à pulverização aérea e a alta pressão, o que aumenta os riscos ambientais e causa preocupação e indignação da população.
Assim, o Movimento Ervidel em Ação irá continuar a desenvolver as ações que a população considere necessárias para exigir o afastamento destas culturas intensivas ou superintendidas das zonas habitacionais, sublinhando, entretanto que o rápido avanço das culturas superintensivas, cada vez mais próximas das habitações, em áreas de elevada sensibilidade ecológica, junto à Albufeira do Roxo, está a comprometer a qualidade ambiental do território", lê-se no documento enviado à nossa redação.
