“No concelho de Beja, os problemas no acesso aos cuidados básicos de saúde têm-se agravado e segundo dados da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), 38 por cento dos utentes inscritos não têm médico de família”.
“Uma das razões que está na origem desta situação no concelho de Beja é a falta de médicos. Nos últimos tempos várias extensões de saúde ficaram sem médico de família, como são exemplos as localidades de Albernoa, Beringel, Mombeja e Trigaches. Neste momento, várias localidades do concelho não têm médico nem serviços de enfermagem”, é clarificado no documento enviado à nossa redação.
A informação é da Concelhia de Beja do Partido Comunista Português (PCP) que assegura ser esta situação "o resultado da política de sucessivos governos, socialistas e social-democratas, caracterizada pela falta de financiamento para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pelo desrespeito pelos direitos dos profissionais deste setor, que progressivamente têm visto as suas carreiras desvalorizadas e ritmos de trabalho intensificados, fruto da inexistência de enfermeiros, médicos e auxiliares necessários para o volume das necessidades”.
Fica o testemunho de um morador de Mombeja, Sérgio Gonçalves, que fala de uma população envelhecida e sem médico de família.
“Acrescem a estes problemas", refere, também, a nota de imprensa do PCP, "o adiamento das obras da 2.ª fase do hospital de Beja, a falta de valências e equipamentos essenciais para os cuidados e exames de rotina da população”.
O PCP recorda que “o acesso a cuidados de saúde, em condições de igualdade, é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa, que importa preservar e defender. E por esta razão saúda as lutas desenvolvidas pelas populações do concelho por mais médicos nas freguesias, pelo início da construção da 2.ª fase do hospital de Beja, pela contratação de mais enfermeiros e auxiliares e por mais valências e serviços”.
O PCP apela, ainda, às populações do concelho e aos profissionais de saúde que "continuem a luta pela defesa dos seus direitos e pela defesa do SNS". E afirma que "as populações e os profissionais de saúde podem contar com este partido na luta pela dignificação dos profissionais de saúde e na defesa do Serviço Nacional de Saúde Público, Gratuito de Qualidade para todos”.
