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Câmara Beja: oposição e executivo trocam acusações sobre Orçamento para 2025

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Câmara Beja: oposição e executivo trocam acusações sobre Orçamento para 2025

Foto: CM Beja

A divulgação da decisão do executivo municipal de que o concelho de Beja vai ser gerido por duodécimos em 2025, nas redes sociais e comunicação social, com a indicação de que a reprovação, por parte da oposição, "é um entrave significativo ao progresso da cidade", gerou uma "onda" de acusações. Os vereadores da CDU respondem dizendo que "a verdade é que falta planeamento que priorize o desenvolvimento sustentável" do concelho. E o vereador do Beja Consegue! afirma que "a mensagem do executivo em permanência" sobre esta matéria "é lamentável".

Foto: CDU Beja

A Coligação Democrática Unitária (CDU) realça que a "narrativa" adotada pelo executivo em permanência na Câmara de Beja "não reflete a realidade de uma gestão que, nos últimos sete anos, demonstrou falta de visão estratégica e resultados dececionantes para o concelho." E Acrescenta que "este histórico de uma gestão que tem mergulhado Beja nos «tempos mais cinzentos» da sua história recente, conduziu o concelho a uma estagnação económica e falta de atração de investimento externo significativo; deterioração dos serviços básicos, como a recolha de lixo e limpeza urbana, que agora são usados como justificativa para a aprovação do novo orçamento; ausência de grandes projetos estruturais, apesar de vários orçamentos “ambiciosos” e promessas reiteradas; défices de planeamento estratégico, como a ausência de políticas eficazes para combater a desertificação e promover a fixação de jovens no concelho; ausência de uma política cultural, capaz de dinamizar a criação local e atrair ao concelho projetos e eventos que dinamizem o concelho."

"A alegação de que a reprovação do orçamento comprometerá investimentos como a contratação de trabalhadores, o reforço da limpeza urbana ou a requalificação de infraestruturas esconde um facto crucial: estes problemas resultam diretamente da incapacidade de implementação de medidas eficazes nos orçamentos anteriores. Além disso, as tentativas do executivo de «diálogo» com a oposição têm sido frequentemente superficiais, priorizando a defesa de uma agenda política que beneficia o curto prazo e ignora os reais desafios estruturais de Beja. A responsabilidade pelo progresso do concelho não pode ser atribuída apenas à aprovação de um orçamento. Ela reside, sobretudo, na capacidade de execução e na visão estratégica de quem governa", pode ler-se no mesmo comunicado.

"Os últimos sete anos mostraram que essa capacidade tem sido insuficiente. A população de Beja merece um planeamento responsável e eficaz, que priorize o desenvolvimento sustentável e o bem-estar coletivo. É hora de construir uma alternativa sólida que resgate o potencial do concelho e ofereça aos seus cidadãos a qualidade de vida que têm direito. É por ela que continuaremos a lutar ao lado das populações", é clarificado no comunicado enviado à nossa redação.


Foto: Facebook de Nuno Palma Ferro

O Beja Consegue! sublinha que é "lamentável o tom critico, subjetivo e enviesado com que o comunicado se refere ao voto negativo do vereador Nuno Palma Ferro ao Orçamento Municipal 2025" e que "é tudo menos institucionalmente aceitável e faria sentido na página do Partido Socialista local ou na muito movimentada página do Presidente Paulo Arsénio, mas nunca na página oficial da autarquia. Mais uma vez se confunde o domínio público e privado, nada que constitua novidade para os bejenses". Prossegue frisando que é também lamentável "porque este comunicado é fabricado com o objetivo de levar o leitor a pensar que o Beja Consegue!, entre outros, com o seu voto contra, inviabilizou uma série de projetos no concelho. O que não menciona, propositadamente ou não, é que o executivo pode apresentar um novo orçamento, para o qual já nos declaramos abertos a contribuir ou analisar. O executivo prefere governar a duodécimos, vestindo o papel de vítima e passando responsabilidades para a oposição. Isto sim, uma medida altamente eleitoralista."

"Em última análise, não apresentando uma nova proposta de orçamento, é o executivo do Partido Socialista e o presidente Paulo Arsénio que são os responsáveis pela queda dos ditos projetos. Curioso também a acusação de que este chumbo “representa um entrave significativo ao progresso de Beja”, quando o verdadeiro entrave tem sido a gritante falta de capacidade de executar projetos do executivo liderado por Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja há mais de sete anos", é referido igualmente.

"Concluímos com o único destaque positivo deste comunicado: mostrar aos bejenses, mais uma vez, que este executivo não tem capacidade, não tem vontade e não tem astúcia para governar o destino do nosso concelho e que a necessidade de mudança é, cada vez mais, uma certeza. Com este executivo, Beja nunca vai conseguir! Consigo, Beja Consegue!", é destacado ainda.


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