O dispositivo de combate a incêndios rurais voltou a ser reforçado, pela segunda vez este ano, está no “nível charlie”, passando a estar no terreno 11 mil e 761 elementos e 52 meios aéreos, menos oito aeronaves do que em igual período de 2022. O distrito de Beja é apoiado pelos meios aéreos em Ourique e no Algarve.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que, desde o início do ano, deflagraram três mil e 406 incêndios rurais, que atingiram oito mil e 521 hectares, 66 por cento dos quais referente a matos, 66 por cento a povoamentos florestais e 4 por cento a terrenos agrícolas.
O Governo tem justificado, a diminuição de meios aéreos, com a falta desta oferta no mercado devido à guerra na Ucrânia. Assegura, contudo, que está “a trabalhar afincadamente” para garantir que na fase mais crítica de incêndios rurais existam 60 meios aéreos, número idêntico ao de anos anteriores, disse a secretária de Estado da Proteção Civil.
A secretária de Estado que tutela o setor, Patrícia Gaspar, indicou que “o mercado não está a responder como em anos anteriores” e “não é uma situação que o Governo consiga controlar”.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) prevê para este ano 72 meios aéreos que deviam estar a funcionar desde o passado dia 1 de junho.
Os meios de combate voltarão a ser reforçados a 01 de julho e até 30 de setembro - “nível delta”-, naquela que é considerada a fase mais crítica de incêndios e que mobiliza o maior dispositivo.
# com Lusa
